Das 8.517 vagas disponibilizadas no edital da primeira etapa de seleção do Programa Mais Médicos, 106 não foram ocupadas, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira (10). Os lugares remanescentes estão distribuídos entre oito distritos indígenas e 19 municípios, todos na região Norte (confira tabela ao final da reportagem). O Amazonas é o estado com mais vagas remanescentes. São cerca de 80 vagas.

 

Inicialmente, o Ministério da Saúde informou que 107 vagas não tiveram inscritos. Mais tarde, corrigiu a informação para 106. A reportagem foi atualizada às 12h06 (horário de Brasília) segundo informações do G1. De acordo com o levantamento final, não houve interessados em um distrito indígena (Dsei) — Médio Purus, no Amazonas — e em outros dois municípios.

 

Os municípios são: Terra Santa, no Pará, e Castanheiras, em Rondônia. O Ministério da Saúde publicou nesta segunda (10), o edital para a segunda etapa de seleção de profissionais para o programa. Podem se inscrever, a partir desta terça (11), médicos com CRM no Brasil ou formados no exterior, mesmo sem revalidar o diploma. Foi aberta, no dia 20 de novembro, uma seleção de emergência para substituir os cubanos do Mais Médicos.

 

Os profissionais caribenhos tiveram que deixar os postos de trabalho após a decisão de Cuba de sair do programa. O país citou “referências diretas, depreciativas e ameaçadoras” feitas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro à presença dos médicos cubanos no Brasil. Os médicos com CRM no Brasil puderam se inscrever até a última sexta-feira (7).

 

Até o último balanço do Ministério da Saúde, desta segunda-feira (10), o órgão havia recebido 36.490 inscrições no programa. Dessas, 8.411 foram efetivadas — os profissionais escolheram onde iriam atuar. Desses, pouco mais da metade — 4.508 — já haviam se apresentado nos municípios. Os médicos têm até 14 de dezembro para se apresentarem às prefeituras.