EC Bahia

O momento do Bahia no Campeonato Brasileiro passa longe de atingir a expectativa criada pelos tricolores. Contra o Grêmio, na noite deste sábado (1º), o Esquadrão perdeu o sétimo jogo em 13 disputado no torneio.

Após o confronto, o técnico Renato Paiva foi questionado sobre a fase do Esquadrão, que não consegue uma regularidade. Ele reconheceu que os números não são bons e afirmou que a luta do clube é para não ser rebaixado à Série B.

“A briga foi sempre para não cair. Qualquer equipe que suba de divisão, na minha opinião, o primeiro objetivo é não voltar a cair. Depois faz um caminho de qualidade para ficar mais à frente, que é o caso do Grêmio. Para mim, a primeira prioridade para não dar o passo maior do que a perna é a manutenção. Lutar para manter. Os números são ruins, muitas derrotas e poucas vitórias, é verdade”, disse ele, antes de completar:

“Em relação ao meu trabalho, eu continuo de forma séria e honesta a trabalhar. Não é uma avaliação que eu tenho que fazer, quem tem que avaliar o meu trabalho não sou eu. Eu me limito a trabalhar com a mesma dedicação e paixão com o staff e jogadores”.

Durante a entrevista pós-jogo, Renato Paiva foi questionado sobre a montagem do elenco. Ele valorizou o grupo que tem para trabalhar e disse que não vai reclamar das peças que não chegaram ou dos atletas que estão em recuperação de lesões e estão desfalcando a equipe.

“A montagem do elenco é responsabilidade minha e do Cadu [Santoro, diretor de futebol] e não vou pular do barco. Não há jogador que está aqui sem o meu aval, há jogadores que eu queria e não estão aqui, mas nem todos podem ser comprados. O elenco é o que é, são os jogadores que temos desde o início. Sentado aqui fui criticado porque fazia rodízio e dava ritmo para alguns jogadores, era motivo para perdermos. Agora parei o rodízio e estou jogando sempre com os mesmos. Para além de haver lesões, quem não faz parte do rodízio compete menos. Pedir ao Mugni, ao Diego Rosa, que entre e dê uma resposta sem ter ritmo competitivo… treinar é muito bom, mas é diferente. É o calendário que é, e as escolhas que fazemos. Nunca me queixei por falta de jogadores, tenho um elenco de homens para trabalhar”, explicou.

DERROTA

Sobre a atuação do Bahia contra o Grêmio, Renato afirmou que o tricolor apresentou dois tempos distintos. Para ele, a equipe fez uma boa primeira etapa, apesar do vacilo no gol do Grêmio, e poderia ter ido para o intervalo com o triunfo.

“Acho que a primeira parte nós fomos bem melhores do que o Grêmio, tivemos oportunidades que deveríamos ter feito o gol e não fizemos. Na segunda parte nós começamos bem, Kayky teve uma oportunidade, e a partir daí o Grêmio tomou conta do jogo, nos empurrou para trás. Em um jogo dividido em dois, o Grêmio aproveitou as chances na segunda parte”, explicou.

“Fica o sabor amargo pois o primeiro tempo foi bom, contra o vice-líder do campeonato. Mais uma vez, em um erro infantil, a bola estava com a gente, e saiu o gol do Grêmio. Mas nos abatemos, continuamos jogando. Não fizemos os gols e sofremos. Quando mexemos as coisas não saíram bem”, completou.

O próximo compromisso do Bahia será contra o próprio Grêmio. Na terça-feira (4), as equipes voltam a se enfrentar na Fonte Nova, às 21h, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Correio da Bahia