Após o Vitória vencer o Fluminense por 2×1 no Barradão, o técnico Thiago Carpini concedeu entrevista coletiva no Barradão e falou sobre a recuperação do Leão no Campeonato Brasileiro, além de reforçar a sua tarefa como treinador do clube. Neste sábado (26), o rubro-negro saiu de campo com os três pontos após Neris e Alerrandro marcarem os gols.
O comandante do Leão iniciou a coletiva comentando sobre a maneira de jogar do Vitória. Questionado em outras oportunidades sobre o estilo de jogo não corresponder à preferência do técnico, Carpini nunca escondeu que estava lidando com o que tinha em mãos. Neste sábado (26), no entanto, o treinador reafirmou as falas pedindo reforços, mas deixou claro que não deixou de fincar sua marca no Leão.
“Eu nunca deixei de colocar minhas ideias, aquilo que eu acredito. Não tenho receio de fazer o que eu penso. Tenho muita certeza no meu trabalho. Nem sempre acerto, erro bastante, mas vou melhorando com as oportunidades. As propostas que a gente coloca, de ideias e comportamentos, os atletas começam a ver que funcionam. Isso é um ponto. Muitas vezes jogamos com quatro laterais, ou sem zagueiros, sem extremos. Se eu tivesse os reforços desde o início, acho que não estaríamos nessa situação. Ainda não tenho todas as alternativas para as ideias que eu acredito, mas fiz o que foi possível. Eu preciso ter peça, material humano. Mágica não tem jeito. Acho até que fomos muito criativos. Poderia ter sido pior. O Vitória está entre as melhores equipes do returno. Talvez a gente estaria hoje em outra situação se eu tivesse os reforços antes. Eu sei da luta que foi os seis meses que estou aqui. Tivemos muita evolução individual também. O Cáceres, o Esteves, o Lucas Arcanjo. Alerrandro ninguém gostava dois meses atrás. Tento tirar o melhor de cada atleta”, iniciou.
Diante do tricolor carioca, o torcedor do Vitória viu das arquibancadas dois tempos distintos. Enquanto os donos da casa dominaram a primeira etapa, a volta do intervalo serviu como uma virada de chave para que o Fluminense se recuperasse na partida e chegasse ao empate. No fim, Alerrandro marcou de pênalti e deu o resultado para o clube baiano. Carpini vê a queda de rendimento no segundo tempo dentro da normalidade, mas avisa que é preciso manter constância na reta final da competição.
“Por mais que a gente faça tempos distintos, isso é normal. Não dá para manter 90 minutos do que a gente fez no primeiro tempo. Em alguns momentos temos que ter o controle do jogo. Tivemos bons comportamentos contra Atlético-MG, Palmeiras, Fluminense, no Maracanã. Jogos fora de casa. Acho que o comportamento está bem enraizado nos jogadores. (…) Nessa reta final, a competição não nos permite oscilar, então espero que seja esse nível de competição para mais”, deu o recado.
Outro ponto destacado pelo treinador do Vitória foi o seu papel como técnico de “aparar as arestas”, tanto no coletivo quanto individualmente. “Os caras treinam muito. A semana é muito intensa. Eu sou um profissional muito detalhista, perfeccionista. Me incomoda quando as coisas fogem do meu controle, do que eu combinei. Então são os detalhes, não só do meu trabalho, mas de toda a comissão. É isso que nos motiva, eu acho muito pequeno passar na vida de uma pessoa e não deixar nada. Eu levo muita coisa positiva comigo, aprendo muito com eles. Melhorar o atleta também faz parte do profissional, do treinador”, confessou.
Com o resultado por 2×1, o Vitória chegou aos 35 pontos e passa mais uma rodada fora da temida zona de rebaixamento. Agora, o Leão vai contar com uma semana de descanso antes de viajar ao Sul, onde terá um confronto direto contra o Athletico-PR no próximo sábado (2). O confronto, válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, ocorre na Ligga Arena, à partir das 18h30. Correio da Bahia