A greve dos rodoviários, marcada para a próxima quinta-feira (25), ganha mais força entre a categoria. Uma nova reunião está acontecendo nesta segunda-feira (22), na sede da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE), entre representantes dos rodoviários e dos empresários.
Em um intervalo do encontro, Hélio Ferreira, dirigente do Sindicato dos Rodoviários, disse que o patronato não apresentou nenhuma proposta nova. “A possibilidade de greve é muito grande, os empresários continuam empurrando a categoria para a greve. A gente quer um acordo que contemple nossas demandas. Reduzimos nossas propostas pela metade, mas eles não aceitam”, disse.
Ferreira listou alguns pontos considerados importante pela categoria, mas que estão sendo rejeitados pelos patrões. “Uma folga no aniversário, a questão financiamento da habilitação, o seguro por avaria… são pequenos pontos que não tem esse impacto que não podem ser feitos”, disse.
A superintendente do Trabalho, Fátima Freire, conversou com o representante dos empresários, Jorge Castro, isolamente. Após a conversa, ele informou ao CORREIO que não tinha nada a declarar. O prefeito Bruno Reis comentou hoje sobre a proposta para que o governo federal libere recursos para subsídio ao transporte público.
“Já conseguimos definir uma proposta que teve contribuição e participação dos prefeitos. Está sendo finalizada a partir dos ajustes que sugerimos. À medida que for finalizada, a gente espera decisão política do governo para viabilizar os recursos, estimados em R$ 3 bilhões, para subsidiar o transporte público, através do benefício ao cidadão, àquele cidadão que está sem renda, desempregado, que não utiliza o transporte público. É uma forma também de trazer receita ao sistema, trazer mais passageiros, e ajudar a superar essa crise que vive o transporte público em todo Brasil”, disse.
Em relação à possibilidade de greve, Bruno disse que hoje vai se reunir com o sindicato patronal. “Espero que ambos possam ceder, entendam a dificuldade e gravidade que vive o transporte público no Brasil e possam chegar a um acordo que evite a greve”, acrescentou. “Ainda temos segunda, terça e quarta para, através do diálogo, chegar a um acordo. Senão, caberá à Justiça do Trabalho decidir o reajuste que a categoria tem direito”. Correio da Bahia