Duas abóboras gigantes chamaram a atenção de agricultores na cidade de Valença, no baixo sul da Bahia, nesta semana. Colhidos em uma roça, no distrito de Serra Grande, os frutos têm juntos quase 30 kg. Uma das abóboras tem 84 centímetros e pesa 14 kg. Já a outra tem 73 centímetros e pesa 15 kg.

Elas são de seu José Amaro Filho, conhecido como Zé Amaro, de 68 anos. As abóboras são as primeiras da aboboreira de seu Zé e foram colhidas no último domingo (1º). O agricultor plantou as sementes no início de junho deste ano.

Além das abóboras, a família de seu Zé também cultiva outros alimentos, como cacau, banana da prata e aipim. Contudo, foi a primeira vez que um dos frutos foi tão grande. A família conta que os vegetais chamavam atenção desde quando começaram a nascer.

Em fotos feitas pela família, dá para ter uma noção do tamanho dos vegetais. Colocada ao lado de seu Zé, que tem cerca de 1,60 m, a abóbora maior ultrapassa a altura da cintura do agricultor. Cultivadas de forma orgânica, as abóboras não tiveram nenhum tratamento especial, segundo informou o filho de seu Zé, José Amaro Neto, conhecido como Marinho.

O tamanho dos vegetais foi uma surpresa para a família, que ainda não quis consumir as abóboras. Em entrevista, Marinho revelou que os vegetais estão guardados em cima de uma cama da casa, desde o cultivo, e a família não tem previsão de quando elas serão usadas no almoço.

“Foi uma baita surpresa. Meu pai começou a perceber que seria uma abóbora diferenciada. Percebeu que seria especial. Por enquanto, elas estão guardadas em cima da cama, com maior dengo”, disse Marinho.

O professor Jackson, do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT), da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), em Euclides da Cunha, contou que não é anormal o surgimento de abóboras com essas proporções, contudo, não é comum quando se fala da produção para venda.

O professor explica que há o manejo na cultura para padronizar a produção. “Os frutos grandes existem naturalmente. Mas, com a intervenção da Engenharia Agronômica, tem sido bem mais comum a padronização da produção agrícola com frutos menores e, portanto, de mais aceitação no mercado”. G1