O prefeito de Salvador, ACM Neto, anunciou na manhã desta quinta-feira (18) o reforço de dez ambulâncias com equipes completas para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da capital baiana. A ação envolveu a contratação de 81 profissionais e faz com que o município chegue ao total de 61 equipes do Samu.

“Nesse momento de pandemia, quando devemos evitar aglomerações, a Samu passa a ter outro papel, que é dar atenção às pessoas a partir das casas, assegurando que elas possam ser dirigidas para nossas unidades de atendimento, que os pacientes possam ser transportados para hospitais da cidade. Normalmente, pacientes em estado mais grave, que precisam de um primeiro atendimento muito completo. O Samu tem essa capacidade. Inicialmente tínhamos 41 equipes, ampliamos para 51, agora ampliamos mais uma vez para 61. Aumentamos em 50% a estrutura do Samu em três meses, para ampliar o alcance do serviço nesse momento de pandemia, para dar respostas rápidas, assegurar que a pessoas não fiquem aguardando por um suporte médico”, disse o prefeito.

ACM Neto também afirmou que a prefeitura abrirá processo para contratar uma empresa particular para incorporar mais 15 equipes ao Samu de Salvador. Um pregão eletrônico já foi aberto em busca de interessados, mas terminou sem inscritos.

“Autorizei o secretário Léo Prates a abrir um processo de contratação, para irmos além das 61 equipes que temos hoje. Houve um processo inicial, mas ninguém se habilitou. A gente sabe que não está fácil encontrar ambulância, profissional, às vezes falta técnico de enfermagem, falta condutor, às vezes falta equipamento. É um conjunto de coisas que precisa funcionar ao mesmo tempo”, disse o prefeito.

“A Secretaria de Saúde está com a Secretaria de Gestão, promovendo um pregão eletrônico. Esperamos que prestadores de serviços de todo o Brasil possam vir aqui e possibilitar que a gente amplie o serviço, indo além das 61 equipes. Mais 15 equipes com o pregão eletrônica. Iriamos para 76 equipes”, informou.

Dois de Julho

O feriado de Dois de Julho, que comemora a Independência da Bahia, foi antecipado pela prefeitura e celebrado no último mês de maio, como estratégia de combate ao coronavírus. Porém, ACM Neto revelou que estuda a possibilidade de realizar um evento simbólico para não deixar a data passar em branco.

Tradicionalmente, no dia 2 de julho, um cortejo é realizado entre o Largo da Lapinha, no bairro da Liberdade, e a Praça Municipal, onde fica a Câmara Municipal e a sede da Prefeitura. As imagens do caboclo e da cabocla, que representam a força nativa perante as tropas lusitanas, derrotadas em 1823, são conduzidas durante o desfile. ACM Neto afirmou que, diante da pandemia, não haverá um evento nos moldes habituais, para evitar aglomerações.

“Discutimos o assunto ontem. A Fundação Gregório de Matos, que é ligada à prefeitura, organiza o Dois de Julho. Ainda não há decisão se vamos fazer uma coisa simbólica, para não deixar passar em branco. Não vamos fazer nada que possa levar pessoas para a rua. Se tiver risco de aglomeração, não vamos fazer. O feriado já ocorreu. O dia 2 de julho será um dia normal de trabalho. Estamos pensando se poderemos fazer algo simbólico, sem aglomeração, sem desfile, sem solenidades tradicionalmente realizadas. O Dois de julho, da forma que estamos acostumados a fazer, não vai acontecer em 2020”, afirmou.

O prefeito espera que a data possa ser celebrada conforme a tradição no próximo ano, com o fim da pandemia. “Espero que possamos guardar as energias para o Dois de Julho de 2021, se Deus quiser com todos livres da pandemia. Se formos fazer algo simbólico ou não, vamos pensar. Nos moldes do que ocorre normalmente não teremos”, encerrou. G1