O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), explicou, na noite desta quinta-feira (7), a resistência dele e de outros membros do União Brasil a uma candidatura do ex-ministro Sérgio Moro (UB) à presidência da República pelo partido. Segundo ele, não houve veto ao colega de sigla, mas o nome dele não caberia para liderar a legenda em 2022.

“Eu não suporto a palavra veto. Eu coloquei claramente que, neste momento, não caberia uma candidatura de Moro à presidência da República pelo União Brasil, porque o partido vem sendo construído há algum tempo, nós fizemos um grande esforço para assegurar a fusão e a fundação, e Moro não fez parte dessa história”, disse ACM Neto.

O pré-candidato ao governo da Bahia disse ainda que, apesar de não apoiar uma possível candidatura de Moro neste ano, o ex-juiz pode sim vir a liderar um projeto nacional do União Brasil no futuro.

“Se ele quer vir para o partido, não tem dificuldade nenhuma. Ele vai construir uma história dentro do partido, ele vai mostrar o que ele pode ajudar e contribuir para o partido crescer no futuro, e um dia nós não descartamos avaliar a candidatura dele, mas não para a eleição de 2022”, afirmou o ex-prefeito.

A resistência de Neto também teria passado pela sensação de que a pré-candidatura de Moro à presidência estava sendo imposta dentro do partido, que possui uma comissão instituidora para decidir o futuro da legenda de maneira colegiada.

“A gente vai ter que discutir se o União Brasil terá ou não candidato a presidente e essa discussão vai se dar no momento certo, pelo órgão colegiado e em torno de quadros que ajudaram a construir o partido. Não pode ser essa coisa imposta. Foi por isso que eu coloquei”, explicou.

“Moro é bem-vindo. A gente deseja que ele seja candidato em São Paulo, ou a deputado ou a Senador, como ache melhor e mais conveniente junto com o partido. Nós não estamos fechando as portas para que no futuro ele tenha um projeto nacional”, finalizou Neto. (BN)