Paulo M. Azevedo/BNews

O ex-prefeito e pré-candidato a governador, ACM Neto (DEM), rebateu a declaração feita pelo senador e seu provável adversário na disputa, Jaques Wagner (PT), sobre mandar “recados” para o ex-presidente Lula (PT). A fala foi feita pelo pré-candidato petista na segunda-feira (24), durante entrevista ao programa BNews Agora, na Piatã FM (104.3), ao rechaçar a tese defendida por Neto de que a eleição presidencial não influenciará a disputa eleitoral local.

“Essa invenção que o ex-prefeito fica falando ‘não, não interfere’… Não interfere e ele vive mandando recado pra tentar ver se o Lula dá uma palinha pra ele aqui?”, provocou Wagner. Em conversa com jornalistas nesta quarta (26), ACM Neto minimizou a declaração do petista e disse que “não ficará preso a essa politicagem pequena”.

“Tenho visto nos últimos dias o senador muito incomodado comigo. Vocês não me veem falar de Wagner. Eu não estou preocupado com o que Wagner está fazendo ou deixando de fazer, com quem Wagner está conversando ou deixando de conversar”, respondeu.

“Da mesma forma que eu não subestimo Jaques Wagner, nem trato ele com desrespeito. Outro dia, por exemplo, ele fez alusão à minha altura, me chamando de ‘baixinho’. Então ele tem ultimamente dedicado uma boa parte do tempo dele em ficar com provocações, tentando de alguma forma me cutucar […] Não vou ficar preso a essa politicagem pequena, a essa picuinha. Eu acho que ele deve se preocupar mais com o projeto dele do que com o meu, como eu por exemplo só me preocupo com o meu”, prosseguiu o ex-prefeito.

Chuvas

Neto também voltou a rebater as críticas feitas pelo grupo adversário de que ele estava no exterior enquanto diversas cidades baianas eram atingidas pelas fortes chuvas. O pré-candidato demista reafirmou que Rui Costa (PT) e Jaques Wagner, assim como o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos-BA), “não fizeram mais que a obrigação deles” em atuarem nos locais afetados e disse que as críticas ocorrem porque os concorrentes “estão desesperados”.

“Não era minha obrigação. Eu sou governador? Eu sou senador? Eu sou ministro? Eu sou deputado? Eu sou prefeito? Não sou. Então a minha obrigação eu cumpri no limite do que eu sou hoje. Que foi conversar com os prefeitos, mobilizar doações, viabilizar recursos, cestas básicas, material de higiene, água pra muitas cidades. Agora, fiz isso em silêncio”, declarou, acrescentando que optou por “não fazer politcagem”.

“Rui Costa, Jaques Wagner, João Roma e os prefeitos não fizeram nada mais que a obrigação deles. Quem tem mandado que tinha que estar lá […] Quem é que falou de mim? Foi o PT. Falou por que? Porque tá desesperado e querem arranjar alguma coisa pra falar. Quem não tem o que falar inventa”, alfinetou o ex-prefeito. Bocão News