A advogada Gláucia Ottan – acusada de ser mandante do assassinato de Júlio Ferraz, ex-marido dela – teve um pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. Nesta terça-feira (26), ela permanece detida no Complexo de Delegacias de Feira de Santana, no bairro Sobradinho. Uma decisão da Comarca de Santo Amaro, onde o crime é investigado, tinha determinado o encaminhamento dela para uma cela do Conjunto Penal da Cidade.
No entanto, segundo o diretor da unidade, Capitão Alan, o local não tem condições de receber a detenta por falta de cela especial para advogados, como expressa a sentença do juiz de Santo Amaro. Segundo informou o diretor do presídio ao Bahia Notícias, já há conversas com o juiz de Santo Amaro para que a decisão seja flexibilizada e a acusada fique em outro espaço.
“Nós estamos em diálogo com o magistrado de Santo Amaro para definir a forma de permanência dela aqui. O estatuto da advocacia prevê algumas peculiaridades. Só que já sinalizamos não dispomos de sala de Estado Maior [uma espécie de cela especial] como foi posto”, disse ao Bahia Notícias.
Além de Gláucia Ottan, outras duas pessoas já foram presas. A empregada da acusada, Maria Luiza Borges do Carmo, e Cleidson Marques Vasconcelos, o “Vermelho”. Outro acusado segue procurado pela Polícia. Júlio Zacarias Ferraz foi dado como desaparecido no dia 15 de janeiro em Feira de Santana. Ele foi encontrado morto poucos dias depois do desaparecimento, porém o corpo só foi identificado após 20 dias em Santo Amaro.