O advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, tenta reabrir o caso da facada que o presidente sofreu em 2018, quando estava concorrendo à presidência da República. De acordo com o portal Uol, a aposta de Wassef é no mistério referente a identidade de quem contratou a defesa de Adélio Bispo, autor da facada, para reabrir o caso.

A Polícia Federal já concluiu em dois inquéritos que Adélio agiu sozinho, mas o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) tomou uma decisão, na semana passada, que pode dar início a uma nova investigação.

A matéria lembra que por 3 votos a 1, os desembargadores da Segunda Seção do tribunal autorizaram a PF a analisar dados bancários e outros materiais apreendidos com o advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, principal representante de Adélio. O advogado Frederick Wassef, escalado por Bolsonaro para acompanhar o caso, espera que essas informações indiquem um suposto mandante do crime.

Wassef argumenta que existe um “caminhão de indícios” que apontam que Adélio e a família dele não tinham recursos nem tomaram a iniciativa de contratar a defesa.

Conforme o Uol, ao autorizar as medidas contra o advogado de Adélio, a Justiça Federal em Juiz de Fora (MG) considerou que era necessária “a identificação do financiador, que se prontificou a arcar com o pagamento de elevados honorários, uma vez que nem Adélio ou seus familiares possuiriam condições de fazê-lo”.

Ainda conforme a matéria, Zanone Oliveira foi alvo de uma operação da PF no final de dezembro de 2018, mais de três meses após o atentado. Além de autorizar a quebra de sigilo bancário do advogado, referente ao período de setembro a dezembro de 2018, a Justiça Federal havia determinado a apreensão de livros caixa, recibos e comprovantes de pagamento de honorários, além de seu celular. (BN)