Após a suspensão dos testes em humanos da candida a vacina da Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a empresa AstraZeneca, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta última quarta-feira (9), que não há relato de reação adversa grave, no Brasil, de voluntários que participam de estudo clínico do imunizante.
O anúncio de suspensão ocorreu na tarde de terça-feira (8) depois que foram identificadas reações adversas em um dos pacientes no Reino Unido. Por isso, os testes em larga escala, que estão na fase três, foram suspensos.
“No Brasil, não há relato de eventos adversos graves em voluntários. A Anvisa já está em contato com o laboratório AstraZeneca para o acesso à totalidade das informações e interlocução com outras autoridades de medicamentos no mundo”, afirmou a agência.
O jornal The New York Times publicou a informação de que uma pessoa familiarizada com a situação disse que o participante no Reino Unido teve mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e costuma ser desencadeada por infecções virais.
A vacina de Oxford é a aposta do governo brasileiro para imunizar a população contra a covid-19. Em agosto, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assinou uma medida provisória (MP) para garantir uma parceria entre o Instituto Butatan e a Universidade de Oxford, que garantiria a tecnologia para a produção de mais de 100 milhões de doses da vacina no Brasil.