EC Bahia

Depois de um bom início na Série B, o Bahia tenta voltar aos trilhos no Brasileirão, mesmo que não tenha saído do G4. Após duas derrotas em sequência dentro de casa pelo campeonato e uma pela Copa do Brasil que custaram o cargo de Guto Ferreira, o time atravessa momento delicado. A chance para a recuperação será nesta terça-feira (28), quando encara o Brusque, às 19h, na cidade de mesmo nome, em Santa Catarina, pela 15ª rodada.

A aposta da diretoria para tentar mudar o cenário foi a fórmula mais conhecida do futebol brasileiro, a mudança no comando técnico. Saiu Guto Ferreira e chegou Enderson Moreira, anunciado horas depois, no domingo. Mas o novo treinador não será a novidade no estádio Augusto Bauer. Como não teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário da CBF até ontem, Enderson não foi regularizado e não comandará a equipe à beira do gramado.

O Bahia vai ser dirigido pelo português Bruno Lopes, auxiliar do clube. Luís Fernando Flores, que integra a comissão técnica de Enderson Moreira, também estará no banco de reservas. Por isso, apesar da ausência física do comandante, o tricolor que entra em campo hoje já terá alguma influência do novo treinador.

“Naturalmente alguma coisa já vai ser diferente, mas muita coisa vai ser mantida. O tempo é curto, eu estou no processo de conhecer os atletas e vai ser gradativo. Não temos a expectativa de amanhã (hoje) sair tudo da maneira que eu penso, mas que a gente possa ter algumas situações, buscar o triunfo, jogar com inteligência e um bom nível de competitividade”, disse.

No único treino que comandou antes da partida, Enderson escalou a equipe titular e passou orientações. O treinador será obrigado a fazer mudanças na equipe em relação ao que Guto Ferreira construiu como base.

O principal desfalque está na lateral direita. Borel, suspenso, está fora da partida. Como Jonathan está machucado, o mais cotado para ficar com a vaga é o garoto André, de 18 anos. Ele entrou no intervalo da derrota por 1×0 para o Novorizontino, a última partida de Guto, sábado.

No meio-campo, o time tem o retorno do volante Patrick, que cumpriu suspensão na rodada anterior.

Apesar do momento de turbulência, dá para dizer que a situação do Bahia na tabela da Série B ainda é confortável. A equipe está na terceira colocação, portanto dentro da zona de acesso à Série A, com 25 pontos após 14 rodadas. A distância para o Sport, primeiro time fora do G4, é de quatro pontos.

Confronto inédito

A partida de hoje será a primeira da história entre Bahia e Brusque. Fundado em 1987, o quadricolor (vermelho, verde, branco e amarelo), como é conhecido, só conseguiu feitos nacionais nos últimos anos. Em 2017, conquistou o acesso da Série D para a C depois de bater a Juazeirense nas quartas de final. Chegou à decisão e conquistou o título sobre o Manaus.

Em 2020, a equipe catarinense conseguiu o acesso para a Série B. No seu primeiro ano na segunda divisão, o time lutou contra o rebaixamento e terminou a competição em 13º lugar.

O Brusque tem oscilado na Série B atual. É o time que mais perdeu, junto com a Ponte Preta: sete vezes. Começou esta rodada na 10ª colocação, com 17 pontos, e caiu duas posições ontem, após as vitórias de Operário e Sampaio Corrêa. Na rodada passada, o time catarinense empatou com o Sport, por 0x0, na Ilha do Retiro, em Recife.

O Brusque não está entre os melhores mandantes da Série B, é somente o 12º no quesito. Em seis partidas nos seus domínios, o “Marreco” soma três vitórias, um empate e duas derrotas. Já o Bahia como visitante acumula dois triunfos, um empate e três derrotas – é o 7º melhor.

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