Mesmo com a reivindicação e ameaças de paralização de associações ligadas ao efetivo da Polícia Militar, a Alba dará continuidade, nesta terça-feira (11), a votação do pacote de medidas econômicas enviado pelo governador Rui Costa (PT). Na quinta (6), representantes da PM se reuniram com o deputado Zé Neto (PT), contra a votação do projeto que reajusta a alíquota da previdência estadual de 12% para 14%.

 

Os policiais cobravam do governo uma resposta até segunda (10), e não descartaram uma nova greve caso não fossem atendidos. Diante do cenário, Zé Neto mantém conversa com o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, sobre o assunto. O governo deve esperar a aprovação das medidas na Casa Legislativa para negociar compensações com os PMs.

 

“Conversarei com eles [policiais militares] pela manhã, mas essas serão reivindicações que serão discutidas depois que acalmar a poeira”, falou o líder do governo. “Vamos conversar, mas não nesse ambiente, depois da reforma”, completou. O pacote econômico de Rui, considerado “amargo” pela base aliada, tem como objetivo combater o rombo previdenciário estadual previsto para chegar aos R$ 4,08 bilhões de reais até o fim do ano.

 

ANDAMENTO DA REFORMA
A AL-BA deverá ter uma terça-feira movimentada. O governo vai colocar para votação a reforma administrativa, que inclui a alienação da Bahia Pesca e extinção de cargos e o ajuste da alíquota da previdência.

 

A PEC do teto, que reajusta os ganhos máximos na Bahia de acordo com o salário do governador Rui Costa (PT), foi reformulada após diversas reivindicações, a mais grave delas vinda da Fazenda. Com as alterações, o projeto deve passar pelas comissões Finanças e Constituição na quarta-feira para só depois seguir para o plenário. A nova redação final da matéria deve incluir exceção do teto para funcionários da Secretaria da Fazenda que tem ganhos superiores ao do governador.