Um parecer pode beneficiar o detento Alexandre Nardoni, condenado a 30 anos e dois meses de prisão pela morte da filha Isabella, em 2008. Ele poderá sair do regime fechado para o semiaberto, se a juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Penais, acatar o parecer, feito a partir de um exame criminológico, a pedido do Ministério Público. O documento atesta que Alexandre possui ótima conduta e está apto para ir ao semiaberto.

 

Alexandre Nardoni está preso desde o ano de 2008, em Tremembé, cidade do interior de São Paulo. No regime semiaberto, ele poderá trabalhar fora da unidade durante o dia e voltar para o presídio à noite. Também terá direito a saídas temporárias, como já acontece com a esposa dele, Anna Carolina Jatobá, também condenada pela morte da menina.

 

Defesa já fez pedido de progressão da pena para um regime mais brando. Ele já cumpriu dois quintos do tempo para o benefício, mais o abatimento de 634 dias da pena por trabalhar na penitenciária. Nardoni continua negando a autoria do crime e disse que “sente a perda da filha, não consegue entender os porquês da tragédia que assolou sua família e que, com a morte dela, parte de si morreu junto e que nunca mais se sentirá completo”.

 

Ele continua o relacionamento com a esposa, por cartas e por meio de informações trazidas pela família, já que ela não faz visitas para ele durante as saídas temporárias dela. Ele já trabalhou na faxina, na lavanderia, rouparia e em uma empresa na penitenciária. Quando deixar o presídio, pretende trabalhar no escritório de advocacia da família ou na construtora do pai. O Ministério Público deve se opor a saída de Nardoni neste momento.