Camila Souza/GOVBA

O governador Rui Costa disse nesta terça-feira (28) que várias cidades do Sul da Bahia perderam todas as medicações e vacinas por conta das enchentes e alagamentos que acontecem neste final de ano na região.  Em entrevista a rádios do estado, Rui disse que o governo vai ajudar na reconstrução da vida das pessoas que perderam tudo no desastre, ajudando a reconstruir casa e com empréstimos a comerciantes atingidos. Sobre os medicamentos, ele disse que a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) acompanha a situação de perto.

“Em alguns locais, 100% de todo o medicamento e de todas as vacinas foram perdidas, porque algumas secretarias municipais de saúde, os depósitos de medicamentos ficaram embaixo d’água completamente. É o caso de Jucuruçu e outras localidades”, disse o governador. Rui acrescentou que ontem visitou Itororó e viu de perto as perdas. “O térreo da prefeitura, dois pavimentos, ficou completamente alagado, perdeu tudo que estava na área térrea, inclusive um posto de saúde perdeu todas as vacinas. Nesse momento (temos que repor) o mais rápido possível esses medicamentos, vacinas e material para a atenção médica”, disse.

Além disso, o governo também está monitorando em relação a possíveis doenças que a chuva pode trazer, como a leptospirose. “Eu não sou especialista, não sei os nomes de todas as endemias, mas algumas aparecem, como a doença provocada pelo xixi do rato, pelas fezes do rato, que nesse momento de enchente isso se dissemina na água”. Ele falou também do trabalho nas estradas que foram interditadas por conta das chuvas. “Assim que a chuva passar e o solo secar, temos que iniciar a recuperação definitiva. Uma estrada para ser refeita leva alguns meses”. O governador lembrou que as chuvas não começaram no período do Natal.

“O que chama atenção nesse desastre é sua extensão e o prolongamento nos dias. Esse desastre não começou no Natal, começou há duas semanas, no Extremo-Sul da Bahia, quando tivemos uma forte chuva castigando aquela região e tivemos quatro cidades fortemente atingidas, com prejuízos grandes. Várias famílias ficaram desabrigadas. 2,4 mil famílias perderam todos seus móveis. A água invadiu literalmente 100% dessas casas. Logo em seguida, não só na região Sul, mas em outras regiões, e por dias seguidos”. Questionado sobre se os baianos deveriam evitar viagens pelas estradas nesse fim de ano, Rui disse que acredita que com cuidado, sem correria e com paciência, é possível viajar.

“Entendo que se a pessoa viajar com cautela e precaução não tem problema. mas tem que ter noção que a Bahia sofreu devastação pelas chuvas e é possível encontrar em alguns trechos problemas nas estradas. Temos ainda hoje algumas estradas federais ainda interrompidas, como o trecho de Ubatã-Ipiaú, que vai até Jequié. Temos outras estradas federais e estaduais interrompidas nesse momento. Algumas estavam com desvio, mas a água voltou a levar e estamos refazendo os desvios para garantir acessibilidade. Mas com cuidado não vejo problema”, disse ele, que afirmou não ser possível estimar quando a situação das estradas será normalizada na Bahia.