Foto: Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados

O deputado federal Arthur Lira (PP) lançou nesta última quarta-feira (9), candidatura à presidência da Câmara dos Deputados. Aliado do presidente Jair Bolsonaro, Lira deve disputar o cargo com o candidato que o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM), decidir apoiar. Lira é o líder do Centrão na Câmara, composto pelos partidos PL, PP, PSD, Solidariedade e Avante. Juntas, as siglas reúnem 135 deputados e se declararam base aliada de Bolsonaro em maio deste ano.

“Para que a gente possa tocar os próximos dois anos de uma maneira diferente de como a Casa vem sendo administrada. Não que venha sendo mal administrada, mas cada presidente tem a sua marca”, disse Lira. A eleição para a presidência da Câmara será no dia 1º de fevereiro de 2021. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) vai concorrer ao cargo de 1º vice-presidente na chapa. Antes de apoiar a candidatura de Lira, Ramos tinha a intenção de se lançar como candidato à presidência da Câmara.

A candidatura foi lançada com o lema “Para toda a Câmara ter voz”, na sede do PP, no Senado. No evento, participaram os líderes dos partidos do bloco liderado por Lira e parlamentares de outras siglas, como os líderes do Patriota, Fred Costa (MG) e do PSC, André Ferreira (PE), e o deputado Eros Biondini (PROS-MG). Segundo o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), o PTB também fechou acordo pela candidatura de Lira, embora não tenha enviado políticos à cerimônia.

“Todo diálogo começa largo, tem que começar bem amplo. Respeitando minoria, oposição, respeitando regimento, altivez do poder legislativo. Toda a sua pluralidade de pensamentos e correntes ideológicas”, disse Arthur Lira. “Mas a maioria num sistema democrático sempre vence e o plenário é soberano por maioria. E na sua soberania as pautas serão levadas à discussão, as pautas serão socializadas pelos deputados.”

Lira disse ainda que, na sua eventual gestão, o colégio de líderes deve se reunir sempre às quintas-feiras para que os deputados “saibam com antecedência” as pautas. “As relatorias voltarão a ser entregues pela proporcionalidade partidária, os relatores terão autonomia sobre os seus relatórios”, disse, sendo aplaudido pelos presentes. G1