Agência Brasil

Apesar de Jair Bolsonaro declarar que o ministro Ricardo Salles permanece no governo, assessores do presidente admitem que a situação do titular da pasta do Meio Ambiente está desgastada e prejudica a economia brasileira. A cobrança pela mudança da política ambiental do Brasil tem sido defendida por diferentes setores nas últimas semanas.

No último dia 6, procuradores da República pediram à Justiça Federal o afastamento de Salles do cargo, acusando-o de improbidade administrativa por considerarem haver “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”.

Na avaliação de integrantes do governo ouvidos pelo blog, empresários e investidores têm mantido interlocução sobre as questões do Meio Ambiente com o vice-presidente, Hamilton Mourão, o que esvazia o ministro. Bolsonaro diz que Pazuello e Ricardo Salles vão ficar no governo. No entanto, afirmam que o presidente, sempre que pressionado a fazer uma troca, adia qualquer substituição.

Mas o governo mantém o tema no radar e busca saídas para a polêmica envolvendo a vaga de Salles. Aliados do presidente afirmam que Bolsonaro e seus filhos, que integram o núcleo ideológico do governo, gostam do ministro e resistem à troca dele também por questões ideológicas, assim como resistiram a tirar Abraham Weintraub do Ministério da Educação.

Por isso, esses conselheiros presidenciais defendem nos bastidores que Salles seja realocado internamente ou ganhe um cargo fora, assim como aconteceu com Weintraub, indicado para comandar o Banco Mundial. A estratégia foi apelidada nos bastidores de “solução Weintraub”. Nas palavras de um assessor presidencial, Salles, assim como Weintraub, não vai “ficar na chuva” se tiver que sair do governo. Por Andréia Sadi/G1