Uma das causas do naufrágio da Cavalo Marinho I, em 24 de agosto de 2017, a inclusão de lastros na embarcação aconteceu após a vistoria anual feita pela Capitania dos Portos. De acordo com o capitão dos Portos, Leonardo Andrade, a vistoria naval do ano passado foi feita em abril de 2017 segundo informações do Bahia Notícias.

 

Só que uma acareação entre o engenheiro técnico responsável e o armador constatou que a embarcação foi alterada entre maio e junho. “De acordo com depoimento do armador, ele instalou o mastro com objetivo de aumentar a manobrabilidade da embarcação após a vistoria”, disse o capitão.

 

Segundo ele, a cada ano a Capitania faz o trabalho de vistoria com um foco diferente, de modo que no período de cinco anos é emitido um certificado de segurança da navegação. O certificado é cobrado em toda as ações navais que envolverem a embarcação, seja em terminais marítimos ou em alto mar. O vice-almirante Garnier, comandante do 2º Distrito Naval, disse que não é razoável esperar que uma embarcação esteja ruim e outra boa.

 

“As embarcações que são licitadas, escolhidas para fazer travessia pelos órgãos competentes, têm que atender aos requisitos de estabilidade, navegabilidade e segurança”, observou. As declarações foram dadas nesta terça-feira (23), durante apresentação o inquérito que aponta as causas do acidente, que deixou 19 pessoas mortas, durante a travessia Mar Grande-Salvador

 

O vice-almirante aproveitou a ocasião para destacar que o trajeto não é inseguro, como “tentou-se desenhar nos dias que seguiram a tragédia”, ocorrida em 24 de agosto do ano passado. “A Marinha se dedica com afinco para fiscalizar o cumprimento das normas de segurança, mas ninguém está em melhores condições de evitar acidentes náuticos do que os condutores e proprietários das embarcações”, acrescentou.

 

As outras causas para o naufrágio foram a instalação pela empresa ou dono da embarcação de pesos de lastros soltos sem devido acompanhamento e em desacordo com documentos técnicos da embarcação, e ainda a disposição da embarcação a condições adversas de navegação por parte de seu comandante.