Reportagem de Nicola Pamplona na Folha de S.Paulo informa que, reprovado em fevereiro na avaliação para assumir uma gerência executiva da Petrobras, o “amigo particular” do presidente Jair Bolsonaro, Carlos Victor Guerra Nagem foi nomeado no início do mês assessor da presidência da estatal.

O cargo tem salário em torno de R$ 55 mil. Ao contrário da gerência executiva, não tem como pré-requisito a experiência em cargos de chefia. De acordo com a publicação, funcionário de carreira da Petrobras, Nagem trabalhava na área de segurança da empresa em Curitiba e nunca assumiu função comissionada na empresa.

Sua indicação para a gerência em janeiro foi defendida publicamente por Bolsonaro, mas barrada pelo comitê interno que analisa as nomeações por não cumprimento dos pré-requisitos mínimos para a função. Gerências executivas são o segundo cargo na hierarquia da estatal, abaixo apenas da diretoria executiva.

A nomeação causou polêmica e chegou a ser questionada por sindicatos, que alertaram sobre descumprimento do plano de cargos da companhia. Na época, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco negou motivação política e disse que o escolhido tinha currículo adequado para o cargo, completa a Folha.