EC Bahia

Pela terceira vez na temporada, o Bahia inicia um novo ciclo de trabalho. Nesta quinta-feira (7), Guto Ferreira colocou a mão na massa e comandou o primeiro treino no seu retorno ao clube. Ele foi o escolhido para substituir Diego Dabove, desligado do Esquadrão depois de apenas seis partidas.

Velho conhecido dos tricolores, Guto desembarca no Bahia para a sua terceira passagem e com um objetivo bem claro, mas diferente das outras vezes em que esteve no Esquadrão: salvar o clube do rebaixamento à Série B.

Além dos adversários em campo e da fase ruim que o Bahia vive, o treinador sabe que vai driblar também o tempo se quiser ter sucesso na empreitada. Neste sábado (9), o tricolor volta a entrar em campo quando enfrenta o Athletico-PR, às 19h, na Arena da Baixada, em Curitiba, pela 25ª rodada. O time baiano soma 23 pontos e é o atual 17º colocado, dentro da zona de rebaixamento.

Por outro lado, pesa a favor do treinador o fato dele conhecer bem o clube. Ao todo, Guto Ferreira já dirigiu o Bahia em 92 partidas, somando a primeira e a segunda passagem (entre 2016 e 2018). O treinador conquistou 49 triunfos, 22 empates e 21 derrotas. Aproveitamento de 61,2% entre Séries A e B, Campeonato Baiano, Copa do Brasil, Copa do Nordeste, Sul-Americana e Florida Cup.

No campo das conquistas, Guto pode se orgulhar de ser o mais vencedor nos últimos anos. No currículo ele conta com o acesso à Série A, em 2016, a Copa do Nordeste de 2017 e o Campeonato Baiano de 2018.

“É um momento de alegria, um clube que a gente teve a satisfação de conquistar bons resultados nas últimas passagens e a expectativa é de poder desenvolver, da melhor maneira possível, o trabalho nesse momento. Acreditar sempre e buscar os resultados que interessam para a gente e para  o torcedor”, disse Guto.

Desafios
O principal desafio de Guto Ferreira no primeiro momento do trabalho no Bahia será o de fechar a casinha e fazer do Bahia um time mais sólido defensivamente. Pela segunda temporada consecutiva, o tricolor ocupa as primeiras colocações entre os times que mais sofreram gols na Série A.

Atualmente, o Esquadrão é o dono da pior defesa do torneio, com 38 gols sofridos, empatado com a Chapecoense, lanterna do torneio. Por sinal, formar times que sofrem pouco atrás é uma marca de Guto.  Na passagem pelo Bahia, por exemplo, foram 65 gols sofridos em 92 jogos. Uma média de 0,7 por partida. Esse ano,  a média do tricolor na Série A é de 1,65.

Já no ataque, Guto Ferreira vai ter que encontrar soluções dentro do próprio elenco se quiser manter o característico estilo intenso e o uso de pontas de velocidade. Os jogadores contratados pelo Bahia para a função ainda não conseguiram dar a resposta esperada.

Do atual grupo principal, apenas Raí Nascimento e Marcelo Cirino, que está machucado, ainda não foram testados. Vale lembrar que o Bahia não pode mais inscrever atletas no Campeonato Brasileiro.

A familiaridade com os atletas é outro ponto que pode ajudar. Pelo menos sete jogadores já trabalharam com Guto. Enquanto Lucas Fonseca, Juninho Capixaba e Nino Paraíba fizeram parte do time campeão baiano em 2018, outros nomes estiveram com o treinador fora do Esquadrão. São eles: Danilo Fernandes (Internacional), Luiz Otávio (Chapecoense), Lucas Mugni (Sport) e Gilberto (Portuguesa). (Correio da Bahia)