Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O Bahia segue em situação difícil em busca de um caminho que funcione nessa reta final de Série A e que garanta o clube na competição em 2024. No último domingo, contra o Athletico, na Arena Fonte Nova, o Tricolor foi muito insistente no ataque, cresceu ao longo do jogo e chegou a sair na frente, mas uma nova falha defensiva prejudicou a equipe, que sofreu o empate, em 1 a 1, e segue próxima à zona de rebaixamento.

Rogério Ceni escalou o Bahia com Luciano Juba de lateral-esquerdo, na vaga de Camilo Cándido, expulso no último jogo, e Thaciano em substituição a Yago Felipe. Com isso, Rezende virou um terceiro zagueiro, ao lado de Vitor Hugo e Kanu. A formação tática funcionou e trouxe equilíbrio em boa parte do jogo.

O esquema tático trouxe, principalmente, verticalidade ao Bahia na transição rápida, mas o meio-campo pouco preenchido gerou espaços para o adversário trabalhar a bola com certa facilidade. E a melhor primeira chance dentro dessas características foi do Tricolor, em jogada concluída de cebeça por Thaciano.

Uma boa alternativa tática percebida durante o jogo foi a saída do Bahia em ligação direta, com Cauly recuando para ajudar Acevedo na briga pela segunda bola ou até na saída de pé em pé, e Thaciano subindo ao ataque para brigar pelo alto e aparecer na área.

O Bahia ainda teve dificuldade em roubar a bola do Athletico, principalmente quando se fechava na defesa, mas continuou perigoso na transição rápida e quase abriu o placar em bela trama que teve participação de Everaldo e Biel, antes de finalização de Cauly.

No segundo tempo, o Bahia melhorou o nível de atuação e se manteve, muitas vezes, no campo de ataque e próximo da área do Athletico.

Logo de cara, o Tricolor chegou com perigo em lance de bola parada, outra alternativa muito utilizada durante o jogo, mas a vulnerabilidade gerada pelas bolas perdidas nesses rebotes quase custou caro em contra-ataque rápido do adversário defendido por Marcos Felipe.

Muito parado com faltas próximas à área, o Bahia teve novas oportunidades desta maneira. Em uma delas, inclusive, Thaciano cabeceou por cima do gol, da pequena área.

A insistência e dominância na etapa final resultaram em gol marcado por Everaldo, de pênalti, após falta sofrida por Gilberto em rebote dentro da área.

Com o placar favorável, Rogério Ceni substituiu Thaciano por Yago Felipe em busca de fôlego no meio-campo, principalmente na recomposição, mas, antes de promover novas mudanças, já na reta final do jogo, o treinador viu o Tricolor sofrer o empate em cobrança de escanteio.

Na jogada, Kanu não conseguiu evitar o cabeceio de Canobbio. Luciano Juba também tentou, sem sucesso, evitar o gol adversário. Em entrevista coletiva após o jogo, o técnico Rogério Ceni ressaltou que a falha foi coletiva, e não individual.

‘Hoje não foi um erro individual, foi marcação coletiva, responsabilidade é nossa, a gente determina. Canobbio, pequeno, ganhou essa bola”.

Ceni fez novas mudanças em busca de uma bola na rede salvadora, com as entradas de Ademir e Rafael Ratão nos lugares de Biel e Cauly, respectivamente, e o Bahia apertou nos minutos finais, com chance desperdiçada no último lance

Mais uma vez, o Tricolor perdeu pontos importantes por causa de erro defensivo que prejudica o time em busca de uma solução funcional para fugir do Z-4, que nesse duelo foi a boa transição ofensiva.

O bom desempenho no geral “caiu por terra” e gerou um misto de vaias e aplausos da arquibancada ao apito final do árbitro. Vale lembrar de jogos recentes, como as derrotas para Cruzeiro, Palmeiras e Cuiabá, em que as falhas de marcação, de passe ou de outra tomada de decisão foram determinantes.

Agora, restam quatro jogos para o clube tentar seguir na Primeira Divisão, dois como visitante e dois em Salvador. O primeiro desses desafios só será disputado no dia 25, um sábado, contra o Corinthians, na Neo Química Arena, pela 35ª rodada.

Tempo importante para Ceni tentar uma nova e última cartada ou fortalecer algo que tem funcionado nos treinamentos em busca da salvação do Bahia, com 13 dias entre uma partida e outra e nove trabalhos programados. Globoesporte