Foto: Márcio Cunha/ACF

Não fossem os erros no gol da Chapecoense e na definição das chances criadas, o Vitória até poderia comemorar o empate em 1 a 1, no último sábado, pela 16ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Diante de um dos melhores times na competição, o Rubro-Negro teve atuação superior no segundo tempo e poderia sair com o triunfo. Fica a frustração por ter chegado perto de um resultado melhor e a situação que pouco melhora na competição.

Bom que se diga que, embora tenha sido superior, o Vitória teve bons momentos no jogo. O Rubro-Negro não fez uma partida consistente do início ao fim. No primeiro tempo, mostrou dificuldade em articular jogadas com uma Chapecoense fechada no seu campo em busca do contra-ataque.

A situação piorou quando Guilherme Rend errou um passe no meio, a Chapecoense teve o contra-ataque e encontrou o sistema defensivo do Vitória saindo. Resultado? Gol de Paulinho Moccelin. Na sequência, o Rubro-Negro chegou a cometer erro parecido, mas escapou de sofrer outro gol. Vale lembrar que, contra o Avaí, os dois gols do adversário surgiram de saída de bolas equivocadas.

– Aconteceu um lance que eu chamo de efeito cascata. A gente errou um passe no meio, e a Chapecoense é muito forte na transição ofensiva. Como equipe, erramos porque não descemos a linha, abrimos as costas, e a Chapecoense aproveitou – disse Barroca após o jogo. O início de segundo tempo também não foi bom para o Vitória, que seguiu com dificuldade de articulação de jogadas.

Eduardo Barroca começou a encontrar soluções para o problema quando trocou o jogador de criação e os pontas: mandou a campo Juninho Quixadá e Vico nos lugares de Marcelinho e Ewandro, o que fez Alisson Farias sair da esquerda e atuar centralizado. Depois, o próprio Alisson foi substituído para a entrada de Rafael Carioca, fazendo Thiago Carleto avançar para o meio.

Foi Juninho Quixadá quem sofreu o pênalti convertido por Thiago Carleto. E a partir desse gol, o Vitória cresceu na partida. Teve, ao menos, três grandes oportunidades de virar. Duas com Léo Ceará, que ficou na cara do gol após enfiada de bola de Carleto e depois perdeu livre de cabeça em cruzamento de Quixadá. Os visitantes ainda tiveram outra chance com Rafael Carioca em rebote de falta cobrada por Thiago Carleto.

Números de Chapecoense x Vitória

  • Posse de bola: 40% x 60%
  • Finalizações: 9 x 15
  • Cabeçadas a gol: 0 x 3
  • Faltas cometidas: 17 x 14
  • Passes completos: 261 x 456
  • Desarmes: 13 x 8

– A gente fez uma partida melhor do que no primeiro jogo, com relação ao equilíbrio de chances criadas e defensivamente. Se tivesse que ter um vencedor, seria o Vitória. Jogamos muito bem. Tivemos mais posse de bola, mais finalizações, mais bolas paradas, mais chutes no gol. Entendo que o trabalho dessa semana surtiu efeito e conseguimos evoluir – pontua Barroca.

E veio o empate. Resultado fora de casa, contra o vice-líder da Série B, que sequer tinha sofrido gols jogando na Arena Condá. Motivo de celebração? Pode servir de combustível, mas vai precisar de muito mais. A situação que o próprio Vitória se colocou deixa pouca margem para empolgação. A oito pontos do G-4, o Rubro-Negro tem até muito tempo para recuperação. Só que as rodadas estão passando e esses resultados não são suficientes para chegar ao grande objetivo. Globoesporte