EC Bahia

Na última temporada, como bem se sabe, o Bahia sonhou com a classificação para a Copa Libertadores da América, mas caiu de produção no segundo semestre e não conseguiu a vaga para a principal competição do continente. O ano de 2020 chegou, o Tricolor efetuou contratações para subir de patamar e, na última segunda-feira, anunciou a contratação do meia Rodriguinho. Com 31 anos, o experiente jogador desembarca no Centro de Treinamento Evaristo de Macedo referendado pelas boas temporadas no Corinthians, entre 2016 e 2018, e cercado de expectativa para fazer o time baiano alçar voos maiores.

Na melhor fase com a camisa do Corinthians, Rodriguinho era um multitarefa. Meia de origem, ele recuava para auxiliar na saída de bola, armava a equipe e também surgia na área adversária para atuar como atacante, as vezes até como um falso centroavante. Em 2018, quando trocou o Timão pelo Pyramids, do Egito, ele era o artilheiro da equipe comandada por Osmar Loss, com 11 gols, e principal garçom do elenco, com sete assistências.

Durante a passagem pelo Corinthians, o cardápio de gols foi variado. Destro, Rodriguinho balançou as redes de pé esquerdo, pé direito e de cabeça. O meia também marcou em momentos decisivos. No início de 2018, no clássico contra o Palmeiras, deixou Antônio Carlos e Borja no chão com um corte e chutou de esquerda para vencer Jailson. O Alvinegro venceu a partida por 2 a 0.

No Bahia, Rodriguinho pode ser o meia de ligação que Roger Machado procurou neste início de temporada. O treinador utilizou Daniel na função nos primeiros jogos do ano, mas o atleta que defendeu o Fluminense em 2019 não conseguiu ter boas atuações e acabou sacado da equipe titular. Atualmente, o Tricolor inicia as partidas com uma formação próxima ao 4-4-2, em que Élber, Rossi e Clayson se alternam entre as funções de meias, abertos pelas extremidades do campo, e segundo atacante, mais próximo da área.

Com Rodriguinho, Roger Machado pode manter o atual esquema tático, sacando um dos atacantes, ou reeditar o 4-2-3-1, com o meia centralizado na vaga que foi de Daniel. O sistema com três volantes é outra possibilidade. No caso, Rodriguinho seria um organizador de jogo recuado, uma espécie de arco para disparar a bola até os pontas, que nesta metáfora seriam as flechas.

  • Já joguei com tripé e com dez centralizando, flutuando. Como o Bahia joga agora com um 4-4-2, já joguei como segundo atacante. Estou muito tranquilo para poder desempenhar essas funções. Roger é experiente, muito inteligente. Me conhece muito bem. Sabe onde posso ter uma melhor performance. Vamos conversar, sentar e resolver o que ele quer que eu desempenhe da melhor forma – disse Rodriguinho na última segunda-feira, ao ser apresentado.

Rodriguinho atuou em duas partidas na atual temporada e aguarda regularização para estrear com a camisa do Bahia. Nesta quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), o Tricolor encara o CSA no estádio Rei Pelé, pela 5ª rodada da Copa do Nordeste. Globoesporte