EC Vitória

O Vitória foi de um primeiro tempo de baixa produção a uma etapa final de três bolas na trave e volume ofensivo que normalmente significaria um bom resultado. Mas não foi isso que aconteceu na noite do último sábado. A equipe só empatou com o Goiás em casa e completou quatro jogos sem vencer na Série B. Uma situação que tem mais a lamentar que celebrar.

Mais uma vez, Ramon Menezes promoveu mudanças no time titular. Algumas foram forçadas, como a entrada de João Pedro; outras por opção, como Cedric e, principalmente, Thalisson Kelven no lugar de Marcelo Alves. E mais uma vez ele precisou fazer correções no segundo tempo para aumentar a produção da equipe. Sinal de que algo está errado, não é?

E não é uma questão de escalar três ou dois zagueiros, como foi nesta noite. Até porque, mesmo não tendo três defensores de ofício em campo, em alguns momentos o Vitória se comporta como se tivesse. Foi comum ver João Pedro entre os dois zagueiros e variando do 4-1-4-1 para o 3-4-3 ou 3-5-2.

No primeiro tempo, o Vitória teve domínio da posse de bola, mas daí traduzir em volume de jogo e chances criadas é outra história. O Rubro-Negro se mostrou sem ideias para furar uma defesa fechada, e isso não é hoje.

Essa falta de produção tem total relação não só com erros técnicos, mas também escolhas de jogadas ruins. O Vitória tem dificuldade em encontrar o momento certo para acelerar e cadenciar o jogo. Situação que significa também insegurança diante dos resultados ruins.

O ponto positivo foi que o segundo tempo foi um outro jogo em todos os sentidos. A começar pelo próprio Goiás, que resolveu jogar e ofereceu perigo regularmente. E aqui é outro ponto que o Vitória precisa trabalhar. Com menos de dez minutos de produção, o Esmeraldino já marcava o seu gol. Uma eficiência que falta ao Rubro-Negro.

O Vitória aumentou a produção a partir do gol do Goiás, e as entradas de Guilherme Santos, David e Bruno Oliveira foram fundamentais para isso. Situação que mais merece uma reflexão que elogio. Até pouco tempo, o trio era titular da equipe e perdeu a posição mais pela queda de rendimento que pelo bom futebol dos agora titulares. Mas a oscilação com um elenco tão jovem não seria comum? As mudanças constantes não prejudicariam a segurança desses jogadores?

No fim das contas, o Vitória diminuiu o prejuízo com um empate, mas tem pouco a celebrar. Teve uma partida com condição e até futebol no segundo tempo para vencer. Muito pouco para um jogo dentro de casa. Muito pouco para um clube iludido por uma luta pelo G-4 que nunca acontece e que se depara por uma briga contra o rebaixamento cada vez mais comum. (Globoesporte)