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Com a chegada de novembro, um dos principais problemas sociais do Brasil ganha mais força: a luta contra o racismo. Isso porque dia 20 é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. Sendo assim, o mês vem se tornando referência para atividades que buscam, acima de tudo, o respeito a esta parcela da população, que representa 54% da totalidade do País, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE).

Contudo, uma das maiores cantoras da atualidade vem enfrentando uma nova batalha contra esta discriminação. Conforme divulgado (veja aqui), Ludmilla foi chamada de “macaca” ao ser anunciada como “Cantora do Ano” pelo Prêmio Multishow na última terça-feira (29). O caso vem mobilizando diversos artistas, inclusive Anitta, com quem trava um briga pública por conta da música “Onda Diferente”.

“Inaceitável que alguém possa se achar no direito de chamar um negro de macaco ou tentar reduzi-lo como um ser humano inferior. Melhorem. Isso é crime e absolutamente abominável”, escreveu a artista nas redes sociais. Vale dizer que durante a premiação, Ludmilla foi vaiada ao ganhar na categoria “Música Chiclete” justamente com a canção que gerou a briga das duas. Na ocasião, a atitude foi direcionada aos fãs da Poderosa que estavam próximos ao palco.

DORMIR PARA SEMPRE

Se novembro é o mês pela consciência negra, há pouco tempo, durante o setembro amarelo, o Brasil parou para discutir as questões do suicídio, buscando formas de prevenção, já que 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar aparece a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Ainda segundo os dados, são registrados 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo.

Porém, ao discutir essa questão do racismo contra Ludmilla, o apresentador Felipeh Campos – que recentemente enfretou um câncer de testículos (relembre) -, sugeriu durante o “A Tarde é Sua”, programa de Sônia Abrão da RedeTV!, que a situação foi planejada por Anitta e que ela deveria “sumir para sempre”.

“Essas histórias orquestradas, onde se colocam pessoas para atingir outras. Parece que não, mas quando um artista tem um peso como tem a ‘tal garota’ [Anitta], ela está imprimindo guerra. Ela não pediu paz, ela precisava de paz, tomar um remedinho aí e dormir eternamente”, desejou. A anfitriã, que já declarou não apreciar o trabalho da cantora, interrompeu o colega. “Oh, oh, oh, não exagera”.

Após o comentário, a funkeira também se manifestou sobre a fala dele. “Inacreditável uma pessoa receber visibilidade pública em TV aberta para dizer que alguém deveria tomar um remédio e dormir para sempre. As pessoas precisam urgente de senso e de responsabilidade”.

No seu Instagram, o comentarista reforçou seu posicionamento na TV. “Acho engraçado isso, a pessoa promove um ataque contra a Ludmilla, faz toda uma legião vaiar a Ludmilla e o que eu disse foi o seguinte: que ela deveria tomar um remedinho, mas para acalmar os ânimos, porque é excessivo, chega a ser patológica essa coisa dela querer se aparecer a todo custo e usando até mesmo a fragilidade dos outros porque pouco importa o que ela vai causar”, atacou.

Por fim, ainda disse que ela não tem caráter. “Essa é a minha opinião e ninguém vai mudar contra isso. A questão de estar incitando a morte, eu não disse isso, disse que ela deveria tomar um remedinho para acalmar os ânimos, ficar mais tranquila e sumir. Para mim ela não faz falta alguma, não gosto dela, não gosto das músicas. Gosto da Iza sim, gosto da Ludmilla sim, não gosto da ‘Malandra’ porque não acho que ela tenha algo a favor. Isso tudo só prova que ela arma situações”.