Agência Brasil

Logo depois de ser nomeado como diretor-geral da Polícia Federal (PF), o delegado Alexandre Ramagem já procurava um nome para substituir o superintendente do órgão no Rio de Janeiro. O comando do estado investigou alguns processos relacionados a figuras próximos da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a exemplo do inquérito sobre o aumento patrimonial do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), segundo filho do presidente. Segundo informação da coluna Painel, na Folha de S. Paulo, Ramagem também indicou que faria mudanças em São Paulo e em Minas Gerais, com expectativa de que policiais do Norte ganhassem mais destaque na PF. No entanto, sua nomeação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) horas antes da posse e Bolsonaro decidiu colocá-lo de volta no comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes atendeu a uma ação protocolada pelo PDT, que questionou a nomeação após as acusações feitas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Ao se demitir da pasta na semana passada, Moro disse que Bolsonaro pretendia interferir politicamente no órgão com essa e outras nomeações. Atualmente, o superintendente da PF no Rio é Carlos Henrique Oliveira. Ele está no cargo desde dezembro, escolhido pelo agora ex-diretor-geral do órgão, Maurício Valeixo.