Foto: Leonardo Medeiros/G1

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro participou, dentro de um intervalo de cinco dias, de duas das maiores festas do calendário católico. No sábado (8), esteve no Círio de Nazaré, em Belém do Pará. E na quarta-feira (12), foi à missa em homenagem à padroeira do Brasil no Santuário Nacional de Aparecida, no interior paulista, onde levou um puxão de orelha do padre Camilo Júnior , que rezava a missa de celebração da Santa. “Hoje não é dia de pedir votos, é dia de pedir bênçãos”, disse o religioso. Para Rodrigo Toniol, antropólogo integrante do comitê de pesquisa de sociologia da religião, a presença de Jair Bolsonaro nas duas festas populares tem a ver com a tentativa de conseguir o voto de católicos não praticantes presentes nas homenagens. “Bolsonaro é bem-sucedido quando produz aquela foto diante de uma multidão abraçando os valores cristãos. Mas é muito malsucedido se a gente avalia a circulação de imagens que o apresenta como um candidato desrespeitoso em relação à religião ou, pior ainda, como um fariseu – aquele que pretende ser religioso, mas que no fundo não é.” G1