A proposta de criar um novo imposto nos moldes da antiga CPMF provocou a queda do secretário especial da Receita Federal, Marcos Cintra, e despertou forte reação contrária no Congresso Nacional e na sociedade. Apesar disso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ainda avalia propor a criação de uma nova CPMF. Reportagem de Bernardo Caram na Folha de S.Paulo informa que, tal como CIntra, Guedes também defende a criação de novo tributo para compensar a desoneração da folha de pagamentos.

A equipe de Paulo Guedes continua realizando estudos sobre as possíveis alíquotas do novo imposto que incidiria sobre todas as transações financeiras, para em seguida alinhar posições com Jair Bolsonaro. As resistências à medida são fortes entre parlamentares e economistas. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que pretende ser o patrocinador da freforma tributária, é contra a criação do novo imposto. J

Jair Bolsonaro, para aparentar coerência com o que defendeu durante a campanha eleitoral, disse na quarta-feira (11) que a criação do novo imposto está fora dos planos do governo. Mas auxiliares do ministro da Economia insistem na versão de que a ausa da queda de CIntra foi o anúncio precipitado da medida, que ainda estava em estudos, o que gerou forte incômodo em Bolsonaro. Guedes tem dito nos bastidores que não há como reduzir impostos, desonerando a folha de pagamentos, sem algum tipo de compensação em um momento de forte aperto nas contas públicas.