Apesar do debate intensificado nas últimas semanas sobre a mudança no sistema eleitoral, nos últimos 25 anos poucos partidos fizeram questão de acompanhar a auditoria das urnas eletrônicas, feita pelo Tribunal Superior (TSE). Praticamente só a Polícia Federal participou das vistorias que antecedam os pleitos. Neste período, somente o PT, em uma única oportunidade no ano de 2002, na primeira vitória de Lula na eleição presidencial, acompanhou a auditoria.
Desde 1996, quando foi implanta, a urna passa por um longo período de auditoria, que pode ter representantes não apenas da PF, mas dos partidos políticos, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público (MP), entre outros. No entanto, a procura para participar do processo é quase nula.
O presidente Jair Bolsonaro tem feito reiteradas acusações de fraude, apesar de nunca comprová-las, e ameaça a realização da eleição caso não mude para o voto impresso, mas nenhuma das legendas que esteve filiado ao longo dos últimos participaram das auditorais.
Convidado pela Câmara Federal para falar sobre o sistema eleitoral, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso citou na sessão que ocorreu em junho a falta de interesse das legendas, mas que se não participam é porque “confiam”.
“Desde o primeiro momento, quando nós começamos a desenvolver os programas, por lei e porque o TSE gostaria que fosse assim, todos os partidos podem comparecer e acompanhar o processo. A verdade é que, na prática, os partidos não comparecem porque confiam”, declarou. BNews