Agência Senado

Após um grande estreitamento na relação entre o PT e o PSB, podendo culminar em uma federação, o envolvimento dos partidos pode ter esfriado. Apesar da dificuldade da federação entre as legendas, a deputada federal e presidente estadual do PSB na Bahia Lídice da Mata acredita que, mesmo não sendo fácil, a costura para a federação não é impossível.

“O PSB tem se esforçado muito nessa direção. O PSB não compreende apenas uma necessidade eleitoral, mas comporta uma frente política, democrática, de esquerda, para ajudar na governabilidade do próximo governo. A federação pode significar isso. Outros partidos se movimentam, o MDB, o PSDB, o Cidadania. A federação envolve outras coisas, obriga que tenha um estatuto, um regimento, um instrumento de governança. São alguns partidos que se reúnem para atuar no Congresso. Ela tem possibilidade de vir atuar também nas eleições municipais futuras”, disse a deputada ao Bahia Notícias.

Apesar da união, Lídice ressaltou que tem que existir equilíbrio nas decisões em uma eventual federação. “O PSB, como outros partidos lutam para um regimento democrático, para não ter nenhuma hegemonia de um partido com os demais. Sabemos que o PT é maior, mas isso não pode significar que a única decisão seja do PT. Temos que criar uma forma, com partidos menores tenham a possibilidade de ter sua decisão e posição posta em causa”, comentou.

Um dos elos para a federação é o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que segundo Lídice, é um “bom nome para o processo eleitoral”. O político deve se filiar ao PSB em breve. “É um nome experiente da política, que acena para o centro, centro direita. Reafirma o compromisso de Lula de ser um governo plural e democrático”, apontou a parlamentar. (BN)