Agência Brasil

Com a apresentação da medida provisória do novo Bolsa Família entregue pelo presidente Jair Bolsonaro nesta última segunda-feira (9), parlamentares baianos ainda permanecem em dúvidas sobre o projeto. Apesar disso, os deputados entendem a importância do Auxílio Brasil no atual contexto do país. Para o deputado federal Zé Neto (PT), a medida tem motivo eleitoral.

“O conceito é destruir o estado de atenção social e soberania do Brasil. Se olhar com calma, além disso estão vendendo os Correios, a Eletrobras, entregando a Petrobras. Atingindo os mais pobres com tudo. Diminuindo o formato de estado. O que tem de certo é mudar o nome do Bolsa Família, algum alento para o processo eleitoral, é uma nota que não podemos ficar contra a ajuda ao nosso povo, mas o fato não é só ver o que eles fazem com a mão é o que estão tirando”, disse Zé Neto.

O deputado Bacelar (Podemos) acredita que a grande incógnita será “a fonte da receita desse projeto”. “Precisamos de uma renda definitiva para essa parcela da sociedade. Estão falando da taxação de dividendos. Eu defendo essa renda permanente, auxílio, lhe confesso que precisamos estudar. Não é que seja uma coisa permanente e sustentável. Não apenas um factóide para melhorar a imagem do governo”, comentou ao Bahia Notícias.

Já Cacá Leão (PP) avaliou de forma positiva a ampliação do projeto e disse não ver resistência na aprovação. “Eu não conheço o projeto como um todo, não tive tempo ainda de olhar. Ainda nem recebi, na verdade, a medida provisória. Esses brasileiros que estavam no escuro vão poder ser contemplados também. Então é sempre bom. Estou bastante otimista”, disse.

AUXÍLIO BRASIL

O Auxílio Brasil reúne em um só programa políticas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda e deve entrar em vigor em novembro, de acordo com o Ministério da Cidadania. De acordo com o governo federal, a iniciativa busca atenuar as perdas dos mais vulneráveis em função do fim do Auxílio Emergencial em 2021, previsto para outubro, e dar apoio aos que mais precisam.

“Sabemos que a pandemia trouxe uma inflação dos alimentos para o mundo todo e não podemos deixar desassistidos justamente os mais vulneráveis”, disse o presidente Jair Bolsonaro ao entregar a proposta ao presidente da Câmara, Arthur Lira. (BN)