Mesmo com o recesso parlamentar, o Palácio do Planalto vai intensificar nos próximos dias as articulações em torno da reforma da Previdência. De acordo com a Agência Brasil, a estratégia é aproveitar a volta de alguns líderes partidários do período de festas e a aproximação da data de votação do texto no plenário da Câmara.

 

O rebaixamento da nota de investimento do Brasil vai servir para fortalecer os argumentos da equipe favorável à reforma. Com o recesso do Congresso até fevereiro, quando está previsto o início do debate da reforma no plenário, muitos parlamentares estão se movimentando em seus estados para obter os votos necessários para aprovar a proposta.

 

A estratégia envolve encontro com governadores, prefeitos e outras autoridades locais com o objetivo de aproximar o debate da reforma das bases eleitorais dos deputados. Em Brasília, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, tem se reunido desde o início do ano com vários parlamentares para definir as próximas estratégias de articulação em busca dos votos para aprovar a reforma que deve contar com cerca de 513 deputados.

 

Responsável pela articulação política do governo, Marun disse à Agência Brasil que a reforma da Previdência “está em todos os diálogos” da agenda da equipe de governo e o clima em torno da reforma tem melhorado e se tornado mais “favorável”; Por se tratar de uma emenda constitucional, são necessários pelo menos 308 votos favoráveis entre os 513 deputados para ser aprovada, em dois turnos.

 

Desde o fim do ano passado, os principais articuladores da base governista têm evitado comentar o número atual de votos já conquistados em prol das mudanças na Previdência. Segundo líderes governistas, a contabilidade dos votos deve ser fechada com mais precisão no início de fevereiro, quando as lideranças já estarão em contato mais direto com as bancadas.