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Depois da queda de energia de mais de 48 horas nas cidades de Cairu, Nilo Peçanha e Taperoá, no baixo-sul da Bahia, os comerciantes começaram a contar os prejuízos. Em Morro de São Paulo, uma das ilhas de Cairu, um hoteleiro contou que os hospedes foram embora com pagamentos pendentes.

A energia foi suspensa no final da tarde de segunda-feira (19) e restabelecida por volta das 20h30 de quarta-feira (21). Mais de três mil turistas deixaram a ilha e, dos 20 clientes que hospedados no estabelecimento de Fabrício Matos, apenas dois ficaram.

“A maioria se foi. Não tinha condições de acomodar as pessoas, então eles foram embora. Com a questão dos pagamentos, como a gente estava sem energia e sem internet, a gente teve que confiar nas pessoas. Vamos fazer posteriormente, entrar em contato novamente com as pessoas, por depósito, pix. Tivemos que creditar nas pessoas”, conta Fabrício.

A suspensão do serviço dificultou o negócio de vários empresários de Morro de São Paulo, que recebe mais de 400 mil turistas por ano. Muitos comerciantes perderam alimentos perecíveis. Segundo a prefeitura, os prejuízos gerais ainda estão sendo calculados.

Sem energia elétrica, o fornecimento de água também ficou comprometido, porque não havia eletricidade para o funcionamento das máquinas de abastecimento. De acordo com a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa), o serviço foi retomado às 21h e será regularizado nesta quinta.

Dos 100 estabelecimentos da ilha, apenas 10 tinham geradores de energia para atender os clientes. Um deles chegou a disponibilizar um ponto para que os turistas e moradores recarregassem a bateria dos aparelhos celulares.

oi assim que Luan Reis, que está em Morro de São Paulo com a esposa, em lua de mel, conseguiu manter a alimentação. Carregando o celular, ele pôde fazer transações bancárias para pagar as refeições.

“A gente está com cartão, mas o pessoal não está aceitando, porque ficou sem energia e internet. Então está uma dificuldade até para a gente se alimentar. A gente está vendo como fazer, porque eles só aceitam pix ou dinheiro”. G1