A juíza da Vara de Execuções Penai, Leila Cury, determinou a transferência do ex-ministro Geddel Vieira para mesma ala e bloco do Complexo Penitenciário da Papuda, mas com a diferença de que, a partir de agora, ele vai ter a companhia de outro detento. Desde julho deste ano na ala de segurança máxima do presídio, o emedebista apresentava sinais de depressão, em razão de estar afastado dos demais presos.

 

Geddel tomava banho de sol e fazia as refeições sozinho. Na determinação, a magistrada afirmou que, para decidir, levou em consideração o teor de um laudo médico apresentado pela defesa. Ainda segundo ela, o companheiro de cela de Geddel deve ser outro detendo “cujas condições pessoais e processuais sejam semelhantes” às dele.

 

A juíza também declarou que, mesmo com a transferência, vão ser adotadas “providências aos atendimento das necessidades médicas do custodiado e para o resguardo” da integridade física do ex-ministro. A mesma juíza está à frente do processo que investiga o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-senador Luiz Estevão, que também está custodiado na ala de segurança máxima do Complexo Penitenciário da Papuda segundo o Correio da Bahia.

 

A determinação de isolar a dupla aconteceu depois que uma revista localizou itens proibidos nas celas ocupadas pelos políticos, em 17 de junho deste ano. Na cela de Geddel, havia remédios e documentos, enquanto na de Luiz Estevão foram encontrados chocolates, salmão defumado, cinco pendrives, tesoura e anotações atribuídas ao emedebista.

 

Na decisão, a juíza escreveu que a transferência para a ala de segurança aconteceu para “permitir maior controle dos agentes sobre as pessoas que terão acesso aos presos e isso certamente evita ou pelo menos dificulta a prática, por exemplo, de crime de corrupção”. No mesmo dia, também foi levado à ‘solitária’ o ex-deputado federal Márcio Junqueira, do PROS de Roraima.

 

Em abril deste ano, os agentes penitenciários encontraram grande quantidade de remédios controlados na cela ocupada pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima. De acordo com laudo pericial emitido à época, os medicamentos, se ingeridos de uma vez, poderiam levar o emedebista à morte. Com supervisão da editora Mariana Rios