Agência Brasil

Um dia após o Brasil registrar 3.780 mortes por Covid-19, novo recorde diário, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez mais uma série de críticas a medidas de restrição como o lockdown. Ele diz temer por “problemas sociais gravíssimos” se o fechamento do comércio for mantido nas cidades.

“Um apelo que a gente faz aqui é que essa politica de lockdown seja revista. (…) Eu sempre disse e fui muito criticado que os efeitos colaterais do combate à pandemia não podem ser mais danosos do que o próprio coronavírus”, acrescenta, mantendo seu discurso de priorização da saúde ou da economia, ao desconsiderar que a crise econômica foi intensificada pela crise sanitária.

Em coletiva de imprensa realizada para falar sobre a retomada do auxílio emergencial, na manhã desta quarta-feira (31), Bolsonaro destacou a pobreza encontrada nas comunidades que visita, pontuando que entra nas casas das pessoas, abre as geladeiras e se depara com a falta de alimentos. “Muitos perderam emprego, a fome está batendo cada vez mais forte na casa dessas pessoas”, lamenta.

RETORNO DO AUXÍLIO

Diante desse cenário, o governo federal vai retomar o auxílio emergencial, em valor reduzido, três meses após a última parcela. Como pontuado pelo ministro da Cidadania, João Roma, o pagamento voltará a ser feito na próxima terça-feira (6), com a duração prevista de quatro meses.

“Terá o valor de R$ 250 com duas exceções: mulheres, chefes de família receberão R$ 375, e famílias unipessoais receberão R$ 150”, ressaltou Roma. De acordo com ele, houve um cruzamento com diversas bases de dados para identificar os cidadãos aptos a receber o recurso.

Como feito no ano passado, o pagamento será depositado na conta do beneficiário e só semanas depois será liberado o saque. O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, disse que a estimativa é de que metade da população contemplada utilize o auxílio por meio de transações, sem necessidade de saque. BN