Um mês após as fortes chuvas que atingiram o sul da Bahia, 26 cidades continuam em estado de emergência, segundo a Associação de Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (AMURC). Ao todo, 14.230 pessoas que tentam se reerguer e retomar a rotina, seguem desabrigadas. A casa do aposentado Manuel Paulino na rua de Palha, em Itabuna, tinha quatro paredes, mas apenas uma não caiu.

A localidade foi uma das mais atingidas do município, em dezembro do ano passado. “A casa está condenada, eu não posso entrar. Quebraram todas as paredes”, disse o aposentado. Os prejuízos de Manuel Paulino são semelhantes aos de outros moradores da rua de Palha. Atualmente, o ele mora na casa da filha, que fica na mesma região.

O aposentado é uma das mais de 30 mil pessoas que perderam a casa onde moravam por causa da chuva, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec). O órgão afirma que quase 1 milhão de pessoas foram atingidas pelas enchentes.

De acordo com a AMURC, somente na região sul, 34 municípios foram atingidos pelos temporais, no final de 2021. As cidades que mais registraram prejuízos são: Dário Meira, Itajuípe, Itapé, Itabuna e Itapitanga. O presidente da AMURC, Marcone Amaral, afirma que o momento agora é de recuperação das cidades.

“Nós estamos fazendo um trabalho de pós-enchentes, onde as pessoas estão sendo cuidadas dentro das necessidades. Muitas pessoas perderam bens materiais, casas foram desabadas com as enchentes, então as prefeituras estão perto da população tentando amenizar o sofrimento”, afirmou. G1