EC Bahia

Jogar na Fonte Nova sempre foi sinônimo de trunfo para o Bahia, principalmente quando conta com bom público nas arquibancadas. Mas, nas últimas partidas, atuar como mandante virou uma frustração para os tricolores.

Diante do CRB, na terça-feira, o empate alagoano aos 37 minutos do segundo tempo decretou o quinto jogo seguido do Bahia sem vencer nos seus domínios. O quarto pela Série B.

A série negativa conta com três derrotas e dois empates. Antes do 1×1 com o CRB, o tricolor tropeçou diante da Chapecoense (0x1), Novorizontino (0x1) e Grêmio (1×1), pela Série B. Ainda foi derrotado pelo Athletico-PR (1×2), no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

A última vez que o Esquadrão amargou uma sequência parecida como mandante foi em 2020, quando a equipe também ficou cinco partidas sem vencer, todas pela Série A. Foram quatro derrotas contra Flamengo, Grêmio, Atlético-PR e Sport e um empate com o Palmeiras.

Por sinal, o desempenho ruim nos últimos jogos na Fonte Nova foi justamente um dos pontos que levaram à demissão do técnico Guto Ferreira. O antigo treinador esteve no comando do time nas derrotas seguidas para Chapecoense, Novorizontino e Athletico-PR.

Substituto de Guto, Enderson Moreira deu sequência ao mau momento e ainda não conseguiu vencer diante da torcida. Nos dois jogos que fez na Fonte Nova sob o comando do treinador, o Bahia empatou contra Grêmio e CRB. Na análise do comandante, o fator físico interferiu na performance contra os alagoanos.

“É uma coisa óbvia. A gente estava a menos de 48 horas do último jogo. A gente fez três jogos fora de casa. É o meu sexto jogo, foram quatro fora de casa. Não estou justificando. A gente tem que enaltecer o primeiro tempo da equipe. Mugni foi até onde ele conseguiu, Patrick acabou saindo, Daniel também”, argumentou.

O atual momento contrasta com o que foi o início de Série B do tricolor, que venceu os seis primeiros jogos na Fonte Nova, incluindo confrontos diretos com Cruzeiro e Sport.

É esse retrospecto ótimo no início e ruim no final que fez do time baiano o quinto melhor mandante do primeiro turno, com aproveitamento de 66,7% – foram seis vitórias, dois empates e duas derrotas. O Bahia fica atrás de Cruzeiro (único 100% em casa), Sampaio Corrêa (85,2%), Grêmio (81,5%) e Vasco (73,3%).

Curiosamente, ao mesmo tempo em que iniciou a série de tropeços como mandante, o Bahia passou a ser um visitante indesejado. Nas últimas quatro partidas fora de casa, venceu três (Operário, Brusque e Guarani) e empatou com o Vila Nova.

Longe dos seus domínios, o time conquistou 14 dos 27 pontos que disputou. O aproveitamento de 51,9% faz do Esquadrão o segundo melhor visitante do torneio, atrás apenas da Chapecoense, que conseguiu 16 pontos de 30 possíveis no primeiro turno (53,3%).

Sábado (23), o Bahia tentará manter o bom desempenho fora de casa. Enfrenta o líder Cruzeiro no Mineirão, às 16h. Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Ignácio está fora do jogo. Machucado, o volante Patrick é outro desfalque. O lateral esquerdo Djalma volta a ser opção. Correio da Bahia