Após o final da janela partidária e os novos arranjos entre bancadas de governo e oposição de olho nas eleições de outubro deste ano, a Assembleia Legislativa da Bahia teve mudanças na composição do plenário.

A janela partidária é o intervalo de 30 dias que, seis meses antes da eleição, a legislação concede a deputados federais, estaduais e vereadores para que — se desejarem — troquem de partido sem o risco de perder o mandato.

De acordo com a assessoria da ALBA, 20 dos 63 deputados estaduais baianos informaram troca de partido, o que representa cerca de 32% dos parlamentares. O número ainda pode crescer porque deputados não têm prazo para informar mudança.

Também nesta quarta, o presidente da ALBA, deputado Adolfo Menezes (PSD), autorizou a formação de quatro novos blocos partidários na casa: União Brasil/PL, Republicanos/PSDB/PDT, além de PP/PSC e PSDB/PV. A formação dos novos blocos, com os nomes de seus respectivos líderes e vice-líderes, foi publicada no Diário Oficial do Legislativo.

Na mesma edição do Diário, o presidente assinou a extinção de quatro blocos (DEM/MDB, PSB/PL, Patriota/PSL/PSC e PDT/PCdoB).

Já o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, recebeu apenas o deputado Capitão Alden, ex-PSL. O bloco União Brasil/PL terá como líder o deputado Tom Araújo (UB). O bloco também conta com o líder da oposição na Assembleia, o deputado Sandro Régis (UB).

O maior bloco partidário oficializado nesta quarta foi o formado pelo União Brasil/PL, que conta com 13 parlamentares. Durante a janela, a UB, sigla originária da fusão do DEM com o PSL, recebeu sete deputados de outros partidos.

Já o bloco Republicanos/PSDB/PDT, que fará parte do campo da oposição, terá sete parlamentares e será liderado pelo deputado Samuel Junior (REP).

Enquanto isso, o bloco formado pelo PP e PSC e terá o deputado Eduardo Sales (PP) como líder. O quarto bloco partidário formalizado nesta quarta reúne o PSB e o PV e contará com oito parlamentares.

Com as trocas, a bancada governista saiu de 43 para 36 deputados, enquanto a bancada de oposição ganhou sete parlamentares e saiu de 20 para 27.

No entanto, a conta é complexa e ainda conta com deputados que seguem em partidos de oposição, mas dizem votar com o governo. Na prática, o fato é que a bancada governista deve ter mais dificuldade para aprovar os projetos do governo Rui Costa. G1