STF

Após a reunião entre Augusto Aras, procurador-geral da República, e o ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou uma nota em que reitera compromisso com “diálogo permanente”, contudo não se manifestou quanto aos ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo e a ministros da Corte.  Aras e Fux se encontraram nesta sexta-feira (6), ojá que o PGR buscava apaziguar a relação entre Bolsonaro e os ministros.

A Procuradoria se limitou a afirmar que as duas autoridades “renovaram o compromisso da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça a serviço da democracia e da República”. Já o STF soltou uma nota para explicar que o convite de Fux a Aras ocorreu devido ao “contexto atual”, sem mencionar a tensão vivida entre a corte e o presidente da República.

Leia a nota da PGR:

O procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, renovaram o compromisso da manutenção de um diálogo permanente entre o Ministério Público e o Judiciário para aperfeiçoar o sistema de Justiça a serviço da democracia e da República. Considerando o contexto atual, Fux convidou Aras para conversar sobre a relação entre as instituições. A reunião foi realizada nesta sexta-feira (6), e durou durante cerca de 50 minutos.

Leia a nota divulgada pelo STF:

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, e o procurador-Geral da República, Augusto Aras, se reuniram por cerca de 50 minutos nesta sexta-feira (6). Considerando o contexto atual, o ministro Fux convidou Aras para conversar sobre as relações entre o Judiciário e o Ministério Público. Ambos reconheceram a importância do diálogo permanente entre as duas instituições.

Relembre

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, afirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente Jair Bolsonaro não cumpre a própria palavra e anunciou o cancelamento da reunião entre os chefes dos três Poderes que havia convocado. Fux disse que o chefe do Executivo tem reiterado os ataques a integrantes da corte, em especial aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, e que as ofensas não atingem apenas os dois, mas todo o tribunal.

Na quarta-feira (4), Bolsonaro reagiu à sua inclusão como investigado no inquérito das fake news e disse, em tom de ameaça, que o “antídoto” para a ação não está “dentro das quatro linhas da Constituição”. “Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”, afirmou Bolsonaro. (BNews)