O presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, rebateu declarações de ACM Neto, a quem já havia atacado por ocasião da recente fusão entre o DEM e o PSL, chamada por ele de “abraço de afogados”. Em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (29), o ex-prefeito de Salvador  e provável candidato ao governo estadual em 2022 disse que a fala de Éden é um sinal de “inveja” e “dor de cotovelo” diante do “peso político” do seu novo partido, o União Brasil.

Procurado pelo Metro1 para comentar as afirmações de ACM Neto, o dirigente petista voltou a relacionar o líder democrata ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “ACM Neto não sabe o que é partido, o que é projeto coletivo, não sabe construir grupo. É só ele, ele e ele. Participa do governo Bolsonaro pensando na campanha dele; matou o partido do avô porque acha que vai beneficiar a eleição dele. Logo, sinceramente, não vejo Neto como alguém habilitado para uma discussão séria sobre partido, programa, projeto coletivo. É a União, sem ideias nem programa, para o Brasil”, disse Éden.

Embora ACM Neto reitere que o União Brasil não terá qualquer alinhamento com o atual governo, o presidente estadual do PT endossa as críticas ao lembrar que o gestor soteropolitano votou em Bolsonaro no segundo turno da eleição de 2018. “Não se trata só do passado, mas de presente e futuro. Presente porque ACM Neto segue dando apoio a Bolsonaro, votando com ele no Congresso e indicando aliados para o governo. E de futuro porque ACM Neto teme o julgamento da população a esse apoio, ele sabe que as urnas vão reprovar essa postura”, afirmou Éden. Metro1