Repodução

O cantor Luan Santana gravou parte de um clipe nas escadarias da Igreja do Bonfim, na Cidade Baixa, em Salvador, na tarde deste último sábado (11). A presença do artista em um dos pontos turísticos mais visitados da capital baiana levou dezenas de fãs ao local. O clipe é da nova versão da música Sofrendo Feito um Louco, e vai contar com a participação de Leo Santana e do Olodum. Composição de Vinicius Poeta e Daniel Caon, o hit foi lançado pelo cantor no álbum ao vivo Viva (2019), gravado na capital baiana.

Após deixar a Cidade Baixa, Luan Santana seguiu para gravar outra parte do clipe no Centro Histórico de Salvador. No domingo (12), o cantor segue na capital baiana para gravar com o Olodum. No dia 18 de janeiro, Luan grava outra parte do clipe com Léo Santana, em João Pessoa (PB). A nova versão do hit vai ser lançada nas plataformas digitais no dia 24 de janeiro. A expectativa é que o clipe também seja disponibilizado na mesma data.

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Show cancelado

A gravação aconteceu no mesmo dia e horário em que o cantor se apresentaria na cidade. O show Luan Sunset, programado para acontecer no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) na tarde deste sábado (11), foi cancelado durante a semana após a Prefeitura de Salvador proibir a realização do show no local.

Em comunicado, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) informou que, a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a administração não licenciou a festa batizada, de modo a evitar danos ao bem tombado, em função do porte e das estruturas propostas pela produtora, a Online Entretenimento.

Quem comprou ingressos para a festa pode pedir a restituição dos valores no ponto de venda onde a compra foi realizada, entre os dias 10 e 20 de janeiro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (71) 3035-8059.

Terreno não comporta

De acordo com o Iphan, a dimensão do palco apresentada pela produtora equivale, em proporção, à Capela de Nossa Senhora da Conceição. Essa dimensão reforçaria a impossibilidade de atender o público estimado de 2.050 pessoas no terreno de 1.000m². A autarquia justifica que o terreno não comportaria o impacto da carga dinâmica desse público pulando ao mesmo tempo, ou ainda o efeito sonoro de altos decibéis, que poderiam provocar danos nas estruturas históricas como alvenarias, assoalhos, bens móveis e integrados, acervos, entre outros. Além disso, a Online Entretenimento não especificou as dimensões e quantificações de itens de montagem provisória como sanitários químicos, geradores, bares e food trucks.

A apresentação de tais elementos também é necessária para a concessão da autorização para a realização. A realização de eventos de grande porte no local tem divido opiniões na capital. Em dezembro passado, o Correio publicou reportagem sobre os riscos ao patrimônio tombado a partir da realização de shows de grande porte no local. No mesmo mês, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) passou a exigir a grade artística completa de eventos realizados em bens tombados antes de autorizar sua realização nos espaços. O Ipac é o órgão vinculado à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), responsável pela administração do MAM. Correio da Bahia