Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que barrou a reeleição do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) (veja aqui), o PSD vai analisar se lançará candidato ao cargo. De acordo com o senador Angelo Coronel (PSD-BA), com a saída do atual mandatário do páreo, a disputa pelo comando da Casa está no “zero a zero”. Assim como em 2019, quando esteve na corrida pela presidência do Senado, o parlamentar baiano colocou seu nome novamente à disposição.

“A partir de hoje vamos começar a costurar se nosso partido terá um nome à disposição ou se vamos compor com outro partido. O jogo começa de hoje pra frente. Meu nome é um player, mas vamos ter que analisar, dentro do partido. Qualquer candidato para sair tem que ter unidade dentro do seu partido. Se o partido optar por mim, estarei à disposição”, sinalizou o também presidente da CPMI das Fake News, em entrevista ao Bahia Notícias.

Ele argumenta que, como partido com a segunda maior bancada no Senado – 12 parlamentares -, o PSD tem força o suficiente para lutar pela presidência da Casa. Sem Alcolumbre no páreo, Coronel argumenta não haver favorito na corrida. “Agora está todo mundo na planície. Estávamos todos esperando a decisão do Supremo. Davi estava surfando só. Na próxima eleição, acredito que tenhamos de cinco a seis candidatos”, avalia.

ENTENDA A DECISÃO DO STF

Por 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) barrou na noite deste domingo (6) a possibilidade de reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Para a maioria dos ministros, a recondução é inconstitucional. O voto do presidente do STF, Luiz Fux, não foi divulgado. Mas ele divergiu do voto do relator Gilmar Mendes, que autorizava a reeleição.

No final da noite deste domingo foram publicados os votos dos ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, que se posicionaram contra a reeleição no Congresso e sacramentaram o resultado. A Constituição proíbe os chefes das Casas de tentarem a recondução no posto dentro da mesma legislatura. A legislatura atual começou em fevereiro de 2019 e vai até fevereiro de 2023. (Bahia Notícias)