Novos detalhes que estão na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram, em uma linha do tempo, a omissão da cúpula da PM do Distrito Federal, presa na sexta-feira (18), nos atos de 8 de janeiro. Mostram também como era possível, se houvesse o cumprimento do dever funcional dos policiais, expulsar rapidamente os golpistas que ocupavam a Câmara dos Deputados.
Segundo as imagens incluídas na denúncia, às 15h12 do dia 8 de janeiro a equipe comandada pelo major da PM, Flávio Silvestre, observa o salão verde com número de pessoas muito acima do que o de policiais legislativos. Apesar disso, às 15h53, o major deixou o local levando consigo todo o destacamento do 2º Batalhão de Policiamento de Choque.
Segundo a PGR, “os insurgentes (…) são ali deixados sem confronto assistem à retirada da tropa em posição de reverência e gratidão, ajoelhados e com mãos em prece”. Às 17h, um novo comando do Batalhão de Choque chega à Câmara. E, de forma muito rápida, às 17h03, os policiais conseguiram expulsar quase todos os golpistas.
Segundo a PGR, isso “comprova a possibilidade de evitar o fato de que às 17h00, cerca de 1h40 depois de Flávio ter chegado ao Congresso Nacional, no comando de equipe da PATAMO (Choque) ter se retirado com destacamento momentos depois – novo destacamento do Batalhão de Choque ingressou no salão verde da Câmara dos Deputados, quando os danos ao Congresso já haviam se concretizado. Diversamente do que ocorre anteriormente, o Choque confrontou os insurgentes, que, àquela altura, apresentavam animosidade e conflituosidade superiores ao que Flávio Silvestre enfrentara”.
A PGR traduz como, de forma muito rápida, mesmo em cenário pior, a PM consegue retirar os golpistas. “Sem prejuízo, em apenas cerca de 03 minutos, todos os policiais conseguiram expulsar praticamente todos os insurgentes.” G1