Foto: Sandra Travassos/ALBA

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), declarou que pautas de grande repercussão, como a PEC da Reeleição e a próxima vaga de conselheiro para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), apenas serão discutidas após o Carnaval, programado para o início de fevereiro.

“Acredito que até março a gente deva ter resolvido essa questão. Mês de janeiro é o recesso, em fevereiro volta [à normalidade], mas logo após é o Carnaval. E, como se diz no Brasil, o ano só começa depois do Carnaval”, brincou. “Então acredito que só a partir de março”, calculou.

O deputado estadual ainda elogiou o primeiro ano dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Jerônimo Rodrigues, ambos do PT. Para Adolfo Menezes, todo brasileiro deveria “torcer para o governo dar certo”. “Eu não votei em Bolsonaro, mas torci para que ele desse certo. Eu acho que é isso que temos que fazer. Assim também como este terceiro mandato de Lula. Torço para que dê certo”, continuou.

Em meio ao ano eleitoral, Adolfo ponderou que não enxerga o Bonfim como um “termômetro eleitoral”, embora reconheça que, em períodos eleitorais, é comum que os grupos atraiam mais apoiadores. “A eleição está começando ainda, nós estamos começando o ano de 2024”, disse.

“É o que eu digo sempre, quando nós temos ali na Conceição da Praia, os cultos religiosos de diversas matrizes, que começa a caminhada do Senhor do Bonfim, é que você vê lá todos os políticos, de diversos grupos, da oposição e da situação. Então todo mundo se cumprimentando, falando. Então você não precisa ser inimigo para fazer política, cada um defende o seu caminho, a sua fé e o seu partido político”, acrescentou.

Com uma longa história de participação na festa, o deputado estadual também revisitou as transformações ocorridas na Lavagem e compartilhou qual será o seu pedido na Colina Sagrada. “O tempo passa muito rápido. Ontem eu estava falando com a minha esposa que antigamente a tradição era essa, mas de forma diferente, com trios elétricos, carros de som, que foram proibidos”, citou.

“Mas o importante é a fé do povo da Bahia, dos turistas que nos visitam. Nessa que é considerada, junto com o Carnaval, religiosa e profana, a mais importante [festa], em uma tradição secular, que é a festa do nosso Senhor do Bonfim. Vou pedir a ele mais paz a todo o mundo”, completou Adolfo.

As declarações de Adolfo foram feitas à imprensa durante sua participação na Lavagem do Bonfim. Os festejos deste ano prestaram homenagem aos 270 anos de construção da Basílica do Senhor do Bonfim, edificada em 1754 e destacada como uma das igrejas mais tradicionais e turísticas da capital.  Por Mateus Soares/Tribuna da Bahia