Foto: Gilberto Júnior/Farol da Bahia

O Secretário de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), Mauricio Barbosa, comentou as possíveis ações do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado e as ações que estão sendo feitas para desarticular o grupo e braços que acabaram chegando à Bahia.

Durante a entrega de 52 novas viaturas para Polícia Militar da capital, Região Metropolitana e municípios do interior do estado, nesta terça-feira (3), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, o titular pela pasta afirmou que a SSP vem agindo em conjunto com a Polícia Federal e as secretarias de segurança de outros estados.

“Elas operam como grande atacadistas, então elas vão construindo alianças com as facções locais. Isso acontece em muitos estados do Nordeste, do Sul, e também no Norte. A gente tem operado muito em companhia com a Polícia Federal e a secretaria de segurança desses estados. O número de apreensão de drogas nesse ano surpreendeu a gente, mais de 16 toneladas de drogas apreendidas em uma única operação.”

Segundo Maurício Barbosa, não há chance de as facções terminarem de vez sem que haja uma política pública informativa, para mostrar a população os malefícios da droga. O secretário diz ainda que mesmo que uma quadrilha ou facção seja desarticulada, uma nova ganhará força no estado e passará a fazer a função.

“A dinâmica do crime é de uma certa forma previsível, do ponto de vista do enfraquecimento de uma facção e fortalecimento de outra, mas isso é algo que infelizmente é eterno. O tráfico de drogas, assim como qualquer outro comércio, sobrevive do seu consumo diário, e a gente não tem nenhuma perspectiva de uma política pública de incentivar as pessoas a conhecer os malefícios da droga. A gente tem que pensar muito dessa forma, enfraquecer cada vez mais o consumo, não a guerra propriamente dita. A gente tem visto no mundo inteiro que os Estados Unidos, que é a maior potência e gasta milhões na repressão, mas se tornou o primeiro consumidor.” (Bahia.Ba)