Ao se manifestar contra a prisão do ex-deputado Roberto Jefferson e dizer que a decisão é uma censura prévia à liberdade de expressão, o procurador-geral da República, Augusto Aras, sinalizou que vai adotar as “mesmas diretrizes” quando for elaborar o parecer sobre os ataques do presidente Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas. Bolsonaro tem apontado, sem provas, que há fraudes nas urnas eletrônicas. Ele ainda vem alardeando que, sem o voto impresso, não haverá eleição no ano que vem. As declarações do presidente estão sendo investigados em inquérito administrativo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF). No caso do STF, o tribunal já solicitou um parecer ao procurador-geral para manifestar sua posição sobre as falas de Bolsonaro, classificadas até por colegas de Aras como um crime contra as instituições democráticas no Brasil. Subprocuradores da República pediram a Aras a abertura de um inquéritos para investigar as declarações do presidente da República. Por Valdo Cruz/G1