O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, fará visita ao Brasil, segundo informou um assessor do oposicionista, que acrescentou que a viagem incluiria um encontro com o presidente Jair Bolsonaro. Consultada pelo G1, a Presidência brasileira não confirmou a reunião.
Guaidó está na Colômbia, para onde foi para participar da tentativa de entrega de ajuda humanitária na cidade fronteiriça de Cúcuta, no sábado (23). Seu assessor que informou sobre a viagem ao Brasil não detalhou o itinerário, mas disse que ele sairá ainda nesta quarta (27) de Bogotá.
O jornal “El Nacional” diz que Guaidó pretedne visitar vários países para tratar da crise em seu país. É incerto o que acontecerá com o presidente autoproclamado se tentar voltar a entrar no território venezuelano, algo que disse que irá fazer.
Maduro afirmou na segunda (25) que o presidente autoproclamado irá responder à Justiça se decidir voltar ao seu país, já que desrespeitou uma proibição de saída do Tribunal Supremo venezuelano — controlado por chavistas — quando viajou para a Colômbia.
Risco de prisão
No final de janeiro, o tribunal congelou as contas de Guaidó e o proibiu de sair do país, atendendo ao pedido do procurador-geral Tarek William Saab.
A entrega da ajuda humanitária aconteceria no último sábado nas fronteiras com a Colômbia e o Brasil, mas fracassou. Houve conflito entre forças de segurança e os venezuelanos. Caminhões com remédios e comida foram incendiados. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), quatro pessoas morreram e 300 ficaram feridas nos confrontos fronteiriços.
Em entrevista ao canal NTN24, Guaidó disse que retornará ao seu país, apesar do risco de ser preso.
“Estamos em uma zona inédita. E minha função e meu dever é estar em Caracas apesar dos riscos, apesar das implicações”, disse Guaidó.
Na segunda, Guaidó participou da reunião do Grupo de Lima em Bogotá. No encontro, os países integrantes do grupo de Lima aceitaram a Venezuela — representada por Guaidó — como novo membro da associação. Informações do G1 Foto: Luisa Gonzales/Reuters