As autoridades americanas identificaram nesta quinta-feira (8), Ian David Long, de 29 anos, como o suposto autor do ataque a tiros que deixou 12 mortos em um bar na cidade de Thousand Oaks, na Califórnia, segundo a imprensa local. De acordo com o site TMZ, ele é um ex-militar da Marinha que serviu no Afeganistão. O homem armado abriu fogo na última quarta-feira (7), à noite, em um bar de música country da cidade.

 

Segundo a NBC, que cita fontes policiais, Long, de raça branca e várias tatuagens, chegou ao Borderline Bar & Grill no carro de sua mãe e durante os disparos não disse uma só palavra. No local acontecia uma festa de estudantes universitários, da qual participavam “várias centenas” de jovens, declarou o capitão Garo Kuredjian, do gabinete do xerife do Condado de Ventura.

 

O xerife de Ventura, Geoff Dean acrescentou que, entre as vítimas, estão 11 pessoas que estavam no bar e 1 policial que interveio no lugar. O número de feridos, levados para vários hospitais da região, ainda não foi determinado, completou. O agressor também morreu, relatou o xerife, explicando que ele não foi contabilizado entre as vítimas. Dean não informou, no entanto, se o atirador foi morto pela polícia, ou se havia se suicidado.

 

Várias testemunhas que se encontravam no local descreveram o atirador como um homem barbudo, com uma pistola de grosso calibre. Uma testemunha não identificada citada pelo jornal Los Angeles Times indicou que o atirador entrou no bar por volta das 23h30 (5h30 de quinta, em Brasília) e começou a atirar com o que parecia ser uma pistola preta. “Atirou muito, pelo menos 30 vezes. Ainda ouvia os tiros quando todo mundo havia deixado o bar”, acrescentou.

 

Outras testemunhas relataram que o agressor havia lançado uma bomba de fumaça antes de invadir o bar. Segundo uma testemunha entrevistada pela rede CNN e em visível estado de choque, o atirador entrou pela porta principal do bar, disparou contra um segurança e depois contra uma mulher que recebia o público na entrada. A maioria das testemunhas citadas pela imprensa americana era estudante universitário que descreveram cenas de pânico.

 

“Todo o mundo se jogou no chão rapidamente. Todo o mundo queria sair o mais rápido possível”, disse uma jovem que escapou junto com uma amiga por uma janela da cozinha. “Foi um momento de pânico total. Todo mundo correu e se abaixou o mais rápido possível”, descreveu Teylor Whittler, de 19 anos, que estava no bar no momento em que o ataque começou.

 

Teylor disse que fugiu pela porta dos fundos do bar. Rochelle Hammons, de 24 anos, disse ao jornal The Washington Post que ouviu quatro disparos antes de conseguir fugir. “Do nada, ouvi os barulhos, sabe, 'bang, bang, bang, bang'. Todo mundo que estava perto de mim se abaixou e procurou abrigo”, disse a jovem.

 

Trata-se do segundo ataque a tiros de grande escala nos Estados Unidos em menos de duas semanas. Há dez dias, 11 pessoas morreram em uma sinagoga na cidade de Pittsburgh, no pior ataque antissemita cometido nos país. / AFP e WASHINGTON POST