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O estado da Bahia concentra 25% dos casos de incêndio em vegetação, ocorridos em 2021, em toda a região Nordeste do Brasil. As informações são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

As queimadas no território baiano são monitoradas pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). De acordo com o órgão, o mês de fevereiro foi o único em que o estado registrou um número considerado baixo de queimadas. Já neste mês de agosto, o Inema já contabilizou mais que o dobro do que o registrado no mesmo período de 2020.

O diretor de Água e Monitoramento do órgão, Eduardo Topázio, atribuiu a ocorrência de queimadas no estado ao período mais seco. E disse também que as situações mais críticas ocorrem no interior da Bahia, onde predominantemente há mais aridez que na região litorânea.

“Tem um período muito mais seco esse ano. Infelizmente, a gente está vendo o contrário do que está ocorrendo aqui no litoral. O interior tem sido permanentemente mais seco. Temos algumas imagens com áreas de muito risco. Saiu do litoral da Bahia e entrou no interior, é toda área de risco de incêndio”, disse.

Topázio acrescentou que as cidades que apresentam piores ocorrências de incêndio ficam na região oeste do estado, onde existe menos nuvens e ambientes mais secos, o que possibilita a incidência de focos de incêndio e propicia que o fogo se alastre com mais facilidade.

“No momento, é onde há mais aridez. Menos nuvens, menos umidade relativa do ar. Daí o risco é muito maior. São as áreas mais críticas do estado neste exato momento”, explicou. Segundo o Inema, a previsão é que a situação comece a melhorar a partir de outubro, quando começa o período mais chuvoso. No entanto, a curto prazo, não há previsão de melhoria. G1