Foto Jornal Grande Bahia

Considerada um problema de saúde pública, a mortalidade no trânsito atinge uma pessoa a cada 24 segundos no mundo. No Brasil, no ano de 2018, foram 32.655 mortes e 185.167 internações por acidentes em vias. A informação consta no “Panorama da mortalidade e internação de vítimas de lesões no trânsito nos estados brasileiros”, divulgado pelo Ministério da Saúde neste mês com dados referentes ao ano de 2018. A Bahia tem uma das menores taxas de internação por lesões por acidentes de trânsito do país.

Enquanto a média nacional é de 88,1/100 mil habitantes, aqui é de 67,5, quinto menor índice entre as unidades federativas. O estado sobe para a 7ª colocação em relação à taxa de mortalidade, ao alcançar 13,6/100 mil habitante – no Brasil a média é de 14,8. Em comparação com o boletim do ano anterior, houve queda da mortalidade no estado: os dados de 2017 mostram que a taxa na Bahia era de 15,3 e a média nacional de 16,0.

PERFIL DAS VÍTIMAS

Entre os dados divulgados pelo Ministério, chama a atenção a diferença de mortes e internações levando em conta a raça e cor da pele das vítimas. Ao contabilizar apenas as vítimas com cor declarada, os negros representam 60% das internações por lesões no trânsito, ao tempo que os brancos são 36%, quase metade. Em relação à mortalidade, os negros foram 58% do total, e os brancos 41%.

Os dados trazem ainda informações com recorte por região do país. O Nordeste contabilizou 52.933 internações por lesões de trânsito no período – a região concentra 28,6% do total do país. Outra informação do relatório é de que a maior parte das vítimas no trânsito é de motociclistas. Eles representam quase 60% dos internados e 35,2% dos óbitos. (BN)